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CQC falha na tentativa de flagrar um Pedófilo e acaba cometendo um crime

Programa comandado pelo jornalista Marcelo Tas na TV Bandeirantes tenta caçar pedófilos na Internet, mas acaba revelando total desconhecimento sobre o assunto. Utilizando-se do abominado recurso do flagrante preparado, o CQC acusou falsamente um cidadão de ser pedófilo. E nesta tentativa de expor um criminoso, acabou cometendo um crime.
Por Fernando Marés de Souza
Na noite da última segunda, dia 20 de agosto, o programa CQC da Rede Bandeirantes exibiu uma reportagem onde imita o infame “To Catch a Predator” da NBC americana, controverso programa criticado por preparar flagrantes no intuito de expor pedófilos, responsável por um suicídio e processado em 105 milhões de dólares. A matéria do humorístico pseudo-jornalístico comandado por Marcelo Tas pode ser conferida no site da Rede Bandeirantes, ou no vídeo abaixo:

O termo “pedofilia” foi amplamente utilizado na reportagem do CQC, e o cidadão atraído pela armadilha preparada pela repórter Mônica Iozzi foi diversas vezes chamados de “pedófilo”, não só na reportagem como também nas chamadas promocionais e contas dos membros do CQC nas redes sociais. Porém, um pequeno detalhe chama a atenção: a conduta retratada não é a da pedofilia. Pode soar estranho, mas pedofilia não é crime, crime é abuso sexual infantil. Pedofilia é uma doença, uma parafilia bem definida pela Organização Mundial da Saúde, que consiste na atração sexual por crianças, indivíduos pré-púberes. E a personagem criada pelo CQC não era uma criança, e sim uma garota de 14 anos completos. A ONG Safernet esclarece

“Pedofilia é um transtorno da personalidade, mais precisamente uma parafilia. No DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), a classificação dos transtornos mentais feitas pela Associação Americana de Psiquiatria, a Pedofilia é caracterizada quando os indivíduos apresentam os seguintes aspectos: 

Critérios Diagnósticos para F65.4 302.2 – Pedofilia – DSM IV 

A. Ao longo de um período mínimo de 6 meses, fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividade sexual com uma (ou mais de uma) criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos)

B. As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 

C. O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos 5 anos mais velho que a criança ou crianças no Critério A. 

Tampouco o ato de assediar pela internet um indivíduo de 14 anos é crime, conforme o mesmo esclarecimento da ONG Safernet enviado ao Roteiro de Cinema:

“Note-se que só haverá crime se a vítima for criança, ou seja: qualquer ser humano entre zero e 12 anos incompletos.  No caso da reportagem do CQC, a atriz que fez o papel da suposta vítima dizia ter 14 anos, o que, de acordo com a lei brasileira, não haverá crime desde que o contato através da Internet não envolva a produção, troca, filmagem, fotografia de cenas pornográficas ou de sexo explícito.”

Chamada da matéria no site da Bandeirantes.
Uso equivocado do tema pedofilia para alavancar audiência.
Este é primeiro grande equívoco da reportagem. A atração sexual por uma garota de 14 anos não é pedofilia. Este fenômeno é conhecido como Efebofilia e não é classificada como parafilia pelos organismos médicos. Mas o segundo equívoco é ainda mais grave. A reportagem afirma que o fato do cidadão ter marcado um encontro com um garota de 14 anos é crime. Todo o flagrante da reportagem é baseado na falsa premissa de que um adulto fazer sexo consensual com um garota de 14 anos seria um crime. Não é. De acordo com o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente do Paraná, a presunção de violência   é aplicada apenas para menores de 14 anos. Ou seja: sexo consensual com indivíduos com 14 anos completos – a idade da personagem criada pelo programa – não é crime tipificado pelo Código Penal:
“Estupro de Vulnerável: Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.”

Pedobear como novo integrante do CQC.
Montagem por Thiago Fernandes (@xthiii)
A realidade então é que o “pedófilo” flagrado pela reportagem não é um pedófilo e nem estava cometendo crime algum. E ao acusar um cidadão publicamente e em rede nacional de estar cometendo um crime inexistente, os responsáveis pela reportagem do CQC é que cometem crime de Calúnia, além de crimes de Injúria e de Difamação ao tratá-lo como “pedófilo”, chegando ao absurdo de incitarem violência contra ele. Ao tentar flagrar um criminoso, desinformados e apenas interessados na audiência que o sensacionalismo proporciona, quem cometeu um crime foram os responsáveis pela produção e exibição da matéria. E numa análise mais abrangente, todos que publicamente endossaram as acusações da emissora. O desrespeito aos direitos fundamentais do cidadão pela emissora podem incorrer também no descumprimento da Constituição Federal em seu artigo 221, o que – somado aos outros diversos exemplos documentados de desvios éticos da emissora – poderia acarretar no cancelamento ou na não-renovação da concessão do serviço público de radiodifusão da TV Bandeirantes.
A TV Bandeirantes tem um dos piores currículos em matéria de conduta antiética entre as emissoras brasileiras. Na Bahia o Ministério Público propôs ação requerendo que “a emissora deixe de exibir, em seus programas jornalísticos, entrevistas e imagens que atentam contra a dignidade humana”. Foi da Band Bahia que saiu o infame caso da repórter Mirella Cunha, que debochou de um preso em rede nacional.
Band diz que Mirella  feriu o código de ética do jornalismo da emissora.
Mas existe mesmo esse tal código? A Band silencia sobre o assunto.
A indignação nas redes sociais contra o comportamento da repórter Mirella Cunha gerou uma inédita reação do departamento de Jornalismo da Band comandado por Fernando Mitre. Em nota, a Bandeirantes afirmou que iria “tomar todas as medidas disciplinares necessárias” e que a “postura da repórter fere o código de ética do jornalismo da emissora”. Porém, a própria nota demonstra a falta de ética da emissora. Ao contrário do que afirma a nota, a Band não possui um Código de Ética próprio para ser ferido. Diversos profissionais que trabalham ou trabalharam na Band afirmaram desconhecer tal documento, incluindo o repórter do CQC Mau Meirelles. Desde o dia 23 de Maio, ou seja há três meses, cobro da Assessoria da Band um esclarecimento sobre o tal “Código de Ética do jornalismo da emissora” mencionado na nota, porém, nunca responderam uma simples pergunta: existe mesmo um código de ética da Band? Também nunca esclareceram se o CQC, que afirma praticar jornalismo em uma campanha para justificar a autorização de gravar dentro do Senado Federal, está obrigado a cumprir este ou qualquer outro Código de Ética jornalística. 
Independente dos erros factuais e do caráter calunioso e difamador da matéria do CQC sobre a suposta pedofilia, outra questão alarmante é a do uso do Flagrante Preparado na reportagem, recurso abominado pelo processo penal brasileiro e pela ética jornalística em geral, sobre o qual já discuti em um artigo relatando esta prática pelo Jornal Hoje. Prepara-se um cenário irreal para induzir alguém a cometer um crime somente para pegar a pessoa em flagrante, na tentativa de criar um crime onde não haveria. Um crime impossível. Nem a polícia pode usar este tipo de artifício, quanto mais a imprensa.
Apresentador do CQC chama cidadão de “FDP PEDÓFILO” e diz que
para matéria ter ficado perfeita só faltou ele levar uma surra.
Algumas pessoas comentaram que apesar do sensacionalismo, dos erros factuais e da desonestidade jornalística, o saldo da matéria seria positivo, pois alertaria os pais para o riscos a que seus filhos estão expostos na internet, e que inibiria pedófilos por medo de serem flagrados. Acredito que a conclusão não poderia estar mais longe da verdade. A reportagem apenas desinforma e promove paranoia com internet. Os dados sobre abuso sexual mostram que abusadores são normalmente pessoas conhecidas da família, muito frequentemente parentes das vítimas, então o risco maior não está na internet. Poderia dizer que é mais arriscado mandar sua filha comprar alguma coisa em uma mercearia do que deixar a solta numa sala de bate papo. Os riscos na internet existem, obviamente, mas não são os retratados na reportagem. Crianças e adolescentes não convidam gordinhos da internet para tirarem sua virgindade. Se quiserem se iniciar sexualmente por vontade própria, o farão com um vizinho, um conhecido, não com um estranho. O maior risco, pela natureza da web, não é o aliciamento para sexo, e sim o de ser vitima de pornografia infantil. Porém, existem sim círculos que aliciam menores na internet, em grande parte jovens homossexuais reprimidos pela família, que vêem na rede a única maneira de encontrar um parceiro, uma voz que lhe entenda, e com a confiança conquistada, viram presas para exploradores sexuais. E esses exploradores, sinto informar, não se intimidam com reportagens do CQC. São aliciadores profissionais a serviço do crime organizado que suprem o mercado de prostituição e pornografia infantil no Brasil e no exterior.
Há ainda uma tese muito popular nas redes sociais de que essa matéria do CQC não passaria de uma grande encenação, e que o cidadão acusado falsamente de ser pedófilo seria um ator contratado. O fato do programa não ter reportado o caso para a polícia (praxe em reportagens que supostamente envolvem prática de crime) é um indício  forte de que isso pode ser verdade. Mas não há como confirmar este fato. A esta altura não sei o que seria pior: o CQC ter armado uma farsa para ludibriar o seu público em busca de audiência, ou, na mesma busca pela audiência, ter cometido crimes contra um cidadão inocente.
Procurada pelo Roteiro de Cinema a TV Bandeirantes, como de costume, não comentou o caso.
UPDATE 24/08/14h00: Alguns leitores contestam a tese de que tenha havido crime de Calúnia, por não ter sido citada nenhuma conduta tipificada como crime, mas confirmam a tese de que claramente ocorreram os crimes de Difamação e Injúria por parte dos responsáveis pela reportagem. Porém, eu sustento ainda a tese que além dos crimes claros de Injúria e Difamação, incorreram também no crime de Calúnia, pois Marcelo Tas diz claramente que atraíram “um desses caras” que “ficam procurando” e “atraindo crianças e pré-adolescentes”, o que é crime de acordo com o 241-D da Lei 11.829/08. Em todo caso, esse debate é somente para definir se foram cometidos um, dois ou três crimes durante a reportagem. O de Injúria é praticamente irrefutável. Mais detalhes nos comentários.

UPDATE 24/08/16h30: Ao invés de corrigir os erros e se retratar, a Band resolveu justificar a reportagem equivocada em uma matéria em seu site. O lead da matéria de Gabriella Marini é: “Promotor afirma que a reportagem do CQC sobre pedófilos ajuda a aumentar as discussões sobre órgãos de controle na internet”, citando o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua. Liguei para o promotor ele nega ter feito qualquer juízo de valor sobre a matéria ou ter dito que ela “ajuda em algo”. Diz que só esclareceu dúvidas técnicas para a repórter.

UPDATE 26/08/16h30: Na reprise do CQC, exibida na madrugada de hoje, a Band cortou (de maneira brusca e tosca) os três segmentos da reportagem e as referências a ela feitas pelos apresentadores da bancada. É um bom sinal, mas não o suficiente para corrigir o erro.

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PS: Ao confrontar a repórter Mônica Iozzi com as informações que transcrevo aqui, ela, ao invés de me responder, me bloqueou no Twitter. Então ficaria muito feliz se vocês enviassem este artigo para ela: @Srta_Iozzi
Mandem o artigo e cobrem resposta do Marcelo Tas também: @marcelotas

Mandem o artigo e cobrem respostas também de quem patrocina o programa:
@PepsiBr @ClaroRonaldo @Trident_Brasil @KaiserBrasil

A íntegra da mensagem da ONG Safernet sobre o programa pode ser lida aqui:
Uma crítica do jornalista Mauricio Stycer sobre o uso do recurso do Flagrante Preparado na reportagem pode ser lida aqui.
Texto antigo da amiga advogada Aline que mostra que o CQC é reincidente em retratar equivocadamente a pedofilia pode ser lido aqui.

Denunciem casos de abuso, violência ou exploração infantil pelo disque 100.

124 opiniões sobre “CQC falha na tentativa de flagrar um Pedófilo e acaba cometendo um crime”

  1. Só pelo nível dos comentários na crítica de Stycer dá pra ver que as pessoas não sabem o que é ética, profissionalismo de um repórter e emissora de TV, pedofilia, abuso de crianças, abuso de menores, crime organizado, leis etc etc etc… Isso é grave.

    1. to com vc!!! não concordo com nenhum dos dois, um ta errado por estimular o crime, preparando um ambiente para a pessoa se incriminar, e existem varias formas de se fazer isso, não apenas com pedofilia… Por outro lado, o cara é um FDP msm, ele pensou q a mina tinha 14 anos e queria transar com ela! só de ver o jeito dele, levou até camisinha!!! queria comer a mina sim!!! mas tb volta ao fato de q na armadinha q prepararam, ele não esta forçando a mina a nd, ela que mostrou interesse e chamou ele pra casa dela(o q não tira a culpa dele).

      Conclusão, tá td errado!!! tá td mundo errado!!! E é um assunto muito complexo msm, não da pra discutir de uma forma tão leviana.

  2. @ Cassio
    “Realmente, o CQC não reportou o caso à polícia. Até porque, como você mesmo disse, o cidadão não cometeu nenhum crime.”

    Não é preciso cometer crime para ser investigado, basta indícios e suspeita. O mínimo que a produção poderia ter feito é ter passado os dados para a polícia checar se não era procurado. Mas daí talvez chegasse apenas na agência de casting.

    1. Pra que uma investigação policial ocorra, é preciso ter um crime cometido. Para ser investigado por um crime, é imprescindível que hajam indícios – suspeito é o sujeito. Indício é o nexo causal entre o sujeito e o fato típico.

      O CQC não repassou dados provavelmente por saber de tudo que está escrito acima. Reportar falso crime é um crime em si.

  3. O questionamento levantado sobre a parte jornalística do caso, ok, não tenho o que comentar pois não sou da área e creio que isso é algo a ser discutido mesmo. Porém quando você entra na questão internet/pedofilia/aliciamento, me desculpe mas está colocando uma visão parcial de um universo amplo. Sim, algumas coisas que você coloca são dados que já foram levantados em estudos (sobre a maior parte dos abusos ocorrem dentro das estruturas familiares), porém afirmar que “Crianças e adolescentes não convidam gordinhos da internet para tirarem sua virgindade. Se quiserem se iniciar sexualmente por vontade própria, o farão com um vizinho, um conhecido, não com um estranho.” ou “Existem sim círculos que aliciam menores na internet, mas as vítimas são quase sempre jovens homossexuais reprimidos pela família, que vêem na rede a única maneira de encontrar um parceiro, uma voz que lhe entenda, e com a confiança conquistada, viram presas para exploradores sexuais.” é reduzir um problema complexo a algo pontual e específico. Minha intenção não é “xingar”, somente acho que o que você generalizou demais, e isso, ao meu ver, me soou como aquilo que você está acusando o CQC: desinformação. Talvez a maneira colocada no texto tenho me levado, erroneamente a esta conclusão. Mas espero que você não veja isso como uma crítica ou “haterísmo”, apenas como uma preocupação ao abordar um assunto dessa delicadeza. Abs!!!

    1. Obrigada pela atenção! Eu iria citar a questão de ter algum tipo de fonte que esclarecesse essas informações, pois sem isso talvez passasse a impressão de ser o temível “achismo”. Eu até mesmo evitei usar a palavra “crítica”, pois sei o peso da mesma na internet, e não era minha intenção. Mas agradeço novamente tua atenção e que eu tenha sido entendida, coisa rara nesses espaços virtuais que frequentamos nos dias atuais. Abs!

    1. Não. Corrupção de menores é aliciar para a prostituição, para fazer sexo com terceiros e também precisa ser MENOR QUE 14 ANOS:
      “Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”

  4. caraca, MUITO forjado esse flagrante. O cara nunca ia ser tão jumento de deixar a camisinha vacilando dentro da sacola. E o Ronald na hora que “achou” não fez nem questão de demonstrar surpresa. Lamentável.

  5. Pra mim isso é mais blablabla pra ter alguma coisa pra postar. Sabes, porque não criticar algo que é famoso?
    Enfim, só sei que esse post mais me ajudou do que acusou o CQC.

    “Ou seja: sexo consensual com indivíduos com 14 anos completos – a idade da personagem criada pelo programa – não é crime tipificado pelo Código Penal”
    AEEEEE <333
    FLW GALERA, GG PRA MIM <3

  6. Na minha opinião denunciar homens (apesar de n merecer este rótulo) que não tem competência de conseguir mulheres da sua idade e tentam aliciar crianças sempre é bem vindo. Não entendi a indignação do blog. Vc é a favor de tal conduta ?? Faça me o favor marmanjo…

  7. Lendo assim na emoção até concordaria. Pode ate ser ignorancia de minha parte mas achei um certo exagero vejo apenas como uma forma de sensacionalismo, tanto da parte do CQC quanto da parte aqui postada se observar bem:

    A idade da menor;
    A abordagem;
    O tema do programa eu penso que eles se cercaram exatamente nisto que voce mesmo relatou e assim sendo alimentou o que eles mesmo propoe polemica

    1. Toda forma de sensacionalismo midiático induz a um crime. Sensacionalismo é o exagero da verdade (e muitas vezes da mentira). Dependendo de quem sofre com isso e por quais motivos, a mídia comete um crime. Veja o caso da Escola Base. Uma falácia sensacionalista que era mentira pura. Outra: Datena cometeu o sensacionalismo de atribuir a ateus as mazelas da sociedade. Foi processado e perdeu.

  8. Olá Fernando, penso que, muito embora, sua posição de oposição à ideia do programa seja louvável, na ânsia de lutar contra as injustiças perpetradas pela imprensa você exagerou um pouco e acabou cometendo alguns deslizes.

    Em primeiro lugar, o flagrante preparado só teria essa feição horrenda que você pintou se, de fato, a polícia tivesse feito. Como você mesmo disse, isso não é permitido no nosso sistema. Entretanto, o CQC não prendeu o sujeito, prendeu? O Ministério Público denunciou o sujeito? Então, não há nada de errado.

    Segundo, caluniar, segundo o art. 138 do nosso Código Penal é imputar à alguém fato definido como crime. Portanto ninguém “caluniou” ninguém, pois como você mesmo afirmou, pedofilia não é crime. Acredito que muito menos injúria caberia. Entretanto, a difamação apenas caberia se o CQC houvesse citado o nome do sujeito, ou mostrado sua imagem.

    Mas na realidade nada caberia, pois Ronald Rios sequer ofendeu o rapaz. E muito menos o chamou de pedófilo. E a meu ver não houve violência tampouco.

    Portanto, sinto que a Bandeirantes não cometeu crime nenhum. O sujeito não cometeu crime nenhum. A matéria teve conotação apenas de alerta.

    Concordo que a band agiu errado ao atribuir à conduta do sujeito o termo “Crime”. Mas a finalidade da reportagem, é mostrar que se acontece com 14, poderia acontecer com 13.

    Além do mais, fica claro na reportagem que o próprio indivíduo sequer sabia que NÃO estava cometendo um crime. Ele sabia que estava fazendo algo “errado”.

    Talvez, o dia que tiver uma filha de 14 anos, e um sujeito simpático como esse resolver fazer “sexo consensual” com ela, você mude de ideia.

    Abraços

    1. 1. Note a frase “você sabe que isso é crime, né?”

      2. Flagrante preparado é também matéria de ética jornalística.

      3. Mesmo protegendo o rosto, o CQC mostrou detalhes que permitem a identificação do sujeito, profeissão, roupas, etc.

    2. Fernando, não sou contra sua postura de oposição à matéria. A oposição é elemento indispensável para que haja debate.

      Eu disse que a band agiu errado ao considerar e apontar a conduta do sujeito como criminosa.

      O maior problema do seu texto, contudo, é que você se utilizou de argumentos falaciosos para fazer valer uma opinião.

      Ferir a ética jornalística não é crime. Não houve calúnia, não houve injúria e não houve difamação. Portanto, seu erro maior foi dizer que a band cometeu um crime. Erro, que do meu ponto de vista, é sério.

      Como você pode notar nos comentários acima e abaixo, esse tipo de atitute incita uma raiva infundada em pessoas que não têm informação, não têm opinião própria, e que veem em você um formador de opinião.

      Reforço, não há nada contra ser contra. O que está errado é não jogar limpo. Visto a quantidade de leitores para quem você “espalhou” a notícia, você sim cometeu um crime, quando atribuiu à rede Bandeirantes fato ofensivo à sua reputação, Art. 139 do CP.

      Você acha que amanhã, no metrô, se você se sentar ao lado do sujeito em questão, vai reconhecê-lo?

      Abraços

      No hard feelings!

    3. Tranquilo, aguardarei a notificação da Band. Eu não reconheceria o sujeito, mas tenho convicção de que quem o conhece intimamente, sabe de sua profissão (revelada pela reportagem), conhece sua voz e dicção, suas roupas, seu molho de chaves, e seu óculos, reconheceu ele sim.

    4. Ora, o cara foi humilhado e taxado como pedófilo (e com ejaculação precoce), e isso em rede nacional. Fica mais do que claro que houve, sim, crime de injúria. E como foi em rede nacional, sua honra objetiva foi atingida, se configurando, portanto, o crime de difamação.

      Mas, frise-se, a atitude do suposto pedófilo, em si, é deplorável, altamente imoral, mas não se configurou crime.

    5. Infelizmente tenho que concordar com o Alessandro Garcia. Há cerca de 2 anos a lei que enquadrava esta ocasião como crime, foi modificada. Atualmente pela Lei vigente, só se configuraria como crime se fosse praticado com o fim de obter vantagem econômica ou a induzisse à prostituição.

  9. Queria ter escrito este texto.
    Eu não vejo TV, justamente pra não encontrar essas porcarias. As pessoas adoram defender que a internet é o bicho-papão, mas esquecem que ela é só mais uma ferramenta. O perigo está nos incautos que usam a ferramenta – e quando digo isso, falo das pessoas que usam FB sem saber o que estão fazendo, ficam jogando em vez de fazer um curso online, e acham que “internet é o demônio”. Não é. O que acontece aqui, acontece na vida real também. O CQC fez a mesma coisa que os perfis anônimos do Orkut faziam, ao entrar em comunidades e postar montes de ofensas a usuários.
    A pedofilia está em todo lugar. A tortura, também. A crueldade contra animais, idem. E a burrice está com todos estes acima (e muitos outros). Espero que o sujeito que foi acusado sem prova alguma por essa reportagem processe o programa e a Band até o fim dos tempos. Assim, talvez o Marcelo Tas reaprenda o que é jornalismo.

    1. Reportagens como essa é para afastar os jovens das redes sociais e do MSN. A mídia tradicional está perdendo muito espaço, por isso essa guerra contra a Internet.

      Se a Band fosse dona do Facebook ou do MSN, estaria fazendo reportagens de como essas redes são maravilhosas.

  10. Parabéns pelo artigo tão bem escrito. Hoje, a pedofilia virou apenas um tema para audiência fácil em redes de tv e campanhas de candidatos a cargos políticos sem assunto. Para eles, não importa espalhar uma paranóia onde é arriscado até sorrir para uma criança, desde que possam aumentar sua popularidade com sua falsa moral. E o pior, com isso, apenas afastam a atenção dos verdadeiros criminosos.

  11. Excelente texto, não é tão comum eu comentar, mas enfim, desta vez quis fazer questão.
    Na realidade eu tenho observado (das poucas vezes que realmente assisto tv) que a Band tem tentado pegar pesado com essa tática, a própria matéria do CQC lembra bastante o caso da jornalista que ficou debochando do preso, especialmente no final da matéria quando o Ronald aparece.
    Fico chateado de ver que este tipo de “jornalismo” (entre aspas, pois não considero jornalismo de fato) tem ganhado força nas televisões abertas. É um sensacionalismo tão barato que, cada vez mais me afasta da televisão, hoje é muito mais prático você ler um blog/site/portal de notícias e na maior parte das vezes encontrar algo mais sério do que partir para a televisão.
    Mais uma vez, parabéns pela postagem fantástica e que continue assim. =) A partir de agora o blog já está nos meus feeds e sempre que possível serei frequente.
    Abraços

  12. Você tem filha/filho? Irmã/irmão? Sobrinha/sobrinho? Parente próxima com a idade de 14 ou qualquer outra? Qual o seu sentimento e reação ao ver um marmanjo, de 35 anos, que tem a mesma idade que você, engraçando e marcando encontro com sua filha, por exemplo, pela internet?

    Não importa se é forçado, se é comprado, assediou ou foi assediada! Você vai jurar de morte o cara que transou com sua menininha de 14 anos até a última geração.

    1. Você acha sinceramente que uma garota de 14, 15 anos não faz sexo concensual, sabendo exatamente o que é e com quem está fazendo? Se ela quis e o pai não gostou, deveria ter ensinado melhor a ela que não se deve fazer sexo com homens mais velhos, etc… Se está na lei que com 14 anos não é crime mais, certamente é comprovado que a esta idade a garota sabe definir o que ela quer… Eduque sua filha e reze pra ela seguir o que você quer pra ela, senão o ÚNICO criminoso da história pode ser você!

    2. E claro, o seu medo de sua filha/sobrinha/parente fazer sexo com pessoas mais velhas (e se já não fantasia a respeito) justifica o CQC fazer esta matéria de mal gosto e bem suspeita. Por favor, não é seus dilemas pessoais que estão em discussão.

    3. O pessoal confunde condutas imorais com crimes. Ninguém disse que a conduta do suposto pedófilo era moral, muito pelo contrário, a conduta dele foi totalmente imoral. Mas, lembrem-se, uma coisa é ser imoral e outra, completamente diferente, é ser crime. Ademais, está de parabéns o autor do texto.

    4. Concordo. Se imoralidade fosse crime acho que o mundo seria uma imensa cadeia. Isso porque o que é “imoral” é meramente uma definição que o SEU contexto social e educacional lhe ensinou (variando também de acordo com a época em que se vive). No século XVIII, por exemplo, as “mulheres” se casavam com 14, 15 anos ou até menos… É perfeitamente aceitável, tendo em vista a baixíssima expectativa de vida.

      O senso de moralidade é maleável demais para ser enquadrado nesse determinismo. Cabe ao poder legislativo decidir se algo considerado imoral deve ou não ser proibido por lei e, assim, um crime.

      Se alguém me perguntar o que EU penso sobre isso, respondo: “Para MIM, é imoral.”

    5. Psycho Puppet, garotas casarem novas sempre foi comum nas história da humanidae. Veja os indíos, o povo de Israel etc.
      No interior do Brasil há algumas décadas era bem comum garotas casarem cedo entre os 12 e 15 anos. Quem tivesse 16 já era considerada “tá ficando para titia”.

      A própria Maria, Mãe de Jesus, foi desposada com 12-14 anos pelo quarentão José.

  13. Fernando, uma coisa que me intrigou é o fato de vc se apegar apenas as leis, acho que vai muito além disso, é mais uma questão moral! Não lhe causa náuseas ver um cara de 35 anos com um olhar pervertido para uma menina de 14 anos(situação hipotética)???? um olhar tarado para um criança! Pra mim, 14 anos ainda é criança sim! corpo e mente ainda estão em formação, e certos indivíduos se aproveitam da inocência destas crianças que querem parecer maduras, independentes…
    Você não tem o minimo de empatia? não consegue imaginar isso acontecendo com alguém mais próximo de você? uma irmã, filha, prima… ESQUECE o que diz a leia, qual seria o seu sentimento em relação a isso???

    1. Eu ficaria puto, de verdade… mas não poderia denunciar à polícia.

      A jovem que quis! Eu acho repulsivo se aproveitar da inocência de qualquer pessoa, independente da idade.

      Por outro lado não se pode deixar de lado que a adolescente fictícia estaria ciente da situação.

    2. Marcelo, confesso que sim, a situação me incomoda, mas isso não está em debate. 14 não é criança, isso independe de opinião, é UM FATO. E há 72 anos, desde 1940, a idade de 14 anos é considerada a “majorité sexuelle” no Brasil, e além das leis, acredito que deve-se respeitar o direito do jovem de decidir sobre seu corpo. Mas tudo isso não vem ao caso. O que discuto, na verdade comprovo, é que um cara que se relaciona com uma pessoa de 14 não é pedófilo e nem comete crime, diferente do que criminosamente afrima o CQC.

  14. Ela não era criança (mas o cara achava que era) da mesma forma que o policia se disfarça de usuário de drogas pra pegar traficante.

    Tb não entendi porquê vc está indignado com uma reportagem que mostra um sujeito que queria transar com uma garota de 14 anos, não podemos discutir se a reportagem foi forjada sem ter provas.

    Acho que a reportagem ajuda bastante aos pais dos adolescentes, o vai dizer que vc ficaria muito feliz de ver tua filha de 14 anos, independente de ser crime ou não se envolvendo sexualmente com um cara de 35 anos.

    1. Ele não parece estar indignado pelo programa ter perseguido um sujeito que marca um encontro com uma menina de 14 anos.

      Ele tá indignado com as informações erradas que o programa passou (erros que uma pesquisa de 5 minutos na wikipedia teria evitado).

    2. Não entendo esse preconceito com a idade.
      Essa “criança” que você fala pode ser mãe.

      Estranho é você chamar uma pessoa que naturalmente pode ser mãe de “criança”.

      É isso é que dá viver de televisão. afff

  15. Excelente artigo. Raramente comento por aqui, mas acho que esse artigo merece ser mais que comentado e divulgado.

    Discordo de umas acusações de que esse artigo quis ser “polêmico”. Polêmico mesmo seria defender o direito das pessoas de poderem decidir sobre o próprio corpo e questionar essa moral subjetiva que dita se alguém pode ou não sentir atração sexual por determinada idade pós-maturidade sexual – o que, ainda assim, teria o meu apoio.

    Polêmico foi o (sic) CQC que, obviamente, se valeu de um assunto que já atrai bastante público pra aumentar o seu ibope, simples assim. Afinal, não é novidade pra ninguém que o programa sobrevive disso mesmo: uma relação entre ibope e patrocinadores.

    Faço coberturas de eventos da área de games (e alguns de grande porte até) mas não me considero jornalista – assim como não acho que o que o CQC produza possa ser chamado de “jornalismo”. Jornalismo – assim como a medicina – deve ser regido acima de tudo pela ética, sob um grande risco de se desvirtuar gravemente.

    Podemos, com muita boa vontade, falar que o programa teve uma boa proposta (mostrar um risco que pode existir); mas falhou gravemente e deveria, no mínimo, emitir uma nota sobre o assunto.

  16. Primeiro, excelente texto.

    Segundo, o pessoal confunde condutas imorais com crimes. Ninguém disse que a conduta do suposto pedófilo era moral, muito pelo contrário, a conduta dele foi totalmente imoral. Mas, lembrem-se, uma coisa é ser imoral e outra, completamente diferente, é ser crime.

    O que me causou espécie é como a reportagem distorceu a verdade dos fatos. Não se importando em pesquisar o correto para informar os cidadãos.

    O que o Daniel Prado falou é interessante. Não houve calúnia, até porque pedofilia não é crime, mas houve sim o crime de injúria, e pior, em rede nacional, em que, em tese, se configura também o crime de difamação. Atribuir adjetivos pejorativos a alguém é crime de injúria, atinge sua honra subjetiva. A partir do momento que chega ao coletivo, se configura crime de difamação, ferindo a honra objetiva do sujeito. E não precisa dizer o nome, haja vista que as características físicas do cidadão ajudam na sua identificação.

    Portanto, além dos danos morais, houve crime de injúria e difamação!

    1. Caluniar alguém é imputar falsamente fato definido como crime. No meu entendimento, no momento que a reportagem afirma que o que ele está fazendo é crime, consuma-se a calúnia. Mas claro, posso estar errado e respondo por meus atos. Quanto a difamação e a injúria e a incitação à violência, não há dúvidas.

    2. Vc meio que já respondeu a questão no “fato definido como crime”, o que, no caso, não ocorre. Se eu disser, por exemplo, que vc cometeu um crime porque torceu para determinado time, não será calúnia, pois torcer não é fato tipificado como crime. É uma analogia que se encaixa no fato.

    3. Não há diferença alguma, uma vez que nos dois casos há a intenção de caracterizar a conduta como criminosa. A mera intenção não torna o fato criminoso, portanto, não caracteriza calúnia.

      Enfim, leia qualquer livro a respeito e tire suas conclusões.

    4. Procure assim: para caracterizar a calúnia, fato imputado à vítima tem que ser necessariamente fato tipificado como crime? Ou a intenção de caracterizá-lo como criminoso já configura calúnia?

      “animus jocandi” é algo subjetivo, que não estava presente no meu exemplo.

      Ademais, para caracterizar a calúnia, o agente tem que necessariamente se utilizar de má-fé, ou seja, deve saber que está imputando falsamente “fato definido como crime” a alguém.

    5. Se houver ignorância na afirmação, como ocorreu na reportagem (as pessoas desconhecem que pedofilia e que relacionamento consensual com maiores de 14 não são crimes), então não haverá calúnia por falta de um elemento necessário do tipo penal.

    6. Além disso, há outro ponto. Também é desnecessário maiores detalhes, e Tas diz que atraíram “um desses caras” que “ficam procurando” e “atraindo crianças e pré-adolescentes”, o que é crime de acordo com o 241-D da Lei 11.829/08.

  17. Achei muito legal da parte da atriz contratada usar o mesmo figurino dois dias seguidos. A produção do CQC deveria prestar mais atenção nos detalhes (nem a bolsa eles tiveram a consideração de mudar de lugar).

  18. Ora, o cara foi humilhado e taxado como pedófilo (e com ejaculação precoce), e isso em rede nacional. Fica mais do que claro que houve, sim, crime de injúria. E como foi em rede nacional, sua honra objetiva foi atingida, se configurando, portanto, o crime de difamação.

    Mas, frise-se, a atitude do suposto pedófilo, em si, é deplorável, altamente imoral, mas não se configurou crime.

  19. Não houve flagrante algum. A pessoa que se apresenta a casa da adolescente é um ator, péssimo ator por sinal, ou alguém contratado para fingir-se de “pedófilo”. É possível observar reações estereotipadas, posicionamento incomum para quem tenta se defender, tempo de reação as respostas do repórter muito encima da pergunta (no caso real, demoraria mais), o personagem faz até pose para uma camera oculta a fim de mostrar seu nervosismo com as mãos. Muito forjado e combinando com o teor da reportagem como um todo. O desfecho é iguallmente desconcertante.

  20. Isso me cheira a uma armação da grossa, DUVIDO que seja real. Porque se fosse o meliante teria saido na porrada com todo mundo… E outra, a cada dia que passa acho esse bosta desse Ronald Rios um BABACA!

  21. Só é efebofilia se a atração por adolescentes for preferencial ou exclusiva.

    Se o indivíduo não discrimina a atração entre adolescentes e adultos, consequentemente não dando preferência para a atração e relação com adolescentes o indivíduo não é um efebófilo

  22. Querido Fernando…Q vc é um contestador nato eu ja sabia porque sou uma das suas seguidoras no twitterr. Mais ñ vou ficar aq soltando palavras bonitas, difíceis só p impressionar e sim vou falar como cidadã e mãe tb. ou seja um na razão e outra na emocão.

    ñ interessa se o cara ñ praticou crime, ñ interessa se ele vai ou ñ ser reconhecido. Ele é um criminoso sim senhor. msm q ele ñ tivesse esse intuito, seria o mesmo q dizer q um bebado dirigindo tb ñ o tem. pra mim ñ faz diferenca nenhuma.

    tentar utilizar de termos p defini-lo ñ o faz menos culpado, pedófilo, tarado , safado p mim é tudo a msm coisa.

    ñ interessa se a band cometeu crime de ética ou sei lá q diabos de desculpa alguns queiram usar . O q interessa é q sim flagraram um cara q ñ sabemos a procedência, ñ sabemos se ele ja fez isso antes. E se ele é assíduo nesses atos? é muito E se da li e se daqui mas oq realmente sabemos é q um cara de 30 e tantos anos vou se encontrar c uma adolescente ( pq ele acreditava nisso) c bebidas e pronto p ter relacoes sexuais sim c ela!

    Ele diz q é a 1 vez. Vc acreditaria nisso? De verdade???

    Eu jamais !!!

    E digo mais…q pena q ñ mostraram o rosto dele…q pena.

    E ñ me importa tb se foi real ou armacao…importa q foi sim um ALERTA p todo mundo.

    É foda saber q uma coisa foi feita p bem da sociedade e p nossas criancas seja tão brutalmente esculachada só pq alhuns acham q foi errado pelo jeito q foi mostrado.

    Abracos

    Adoro seu blog e twitter

  23. o IMPORTANTE da reportagem era q existem tarados e meninas/meninos sem noção! Pra mim o cara merecia uma boa surra e cadeia. todo dia somem crianças q conhecem pessoas pela internet, marcam encontro e nunca mais aparecem, isso vc não se preocupa se tiver 14 q se f…
    Voce escreveu isso: Denunciem casos de abuso, violência ou exploração infantil pelo disque 100.
    FALTOU FALAR ESPEREM O ATO SER CONSUMADO A VIDA DA GAROTA OU GAROTO SER DESTRUIDA, CONFIRMEM SE TEM MENOS DE 14 E DEPOIS DE TOMAR UM CAFÉ COM O BANDIDO FAÇA DELE UM MARTIR.
    Não precisa nem responder… não vale a pena ouvir nada de alguem q tenta se promover usando a distorção de um fato como aliado!!!

    1. Um cara velho q quer transar com uma menina de 14 não é um tarado? Perai, o nome dele não foi divulgado, para acontecer difamação e calunia precisa tornar publico o nome e o caso. O grande problema aqui é que vc se preocupou só com o “bandido” e não com a intenção do programa, vc devia entrar para os direitos humanos e ficar na porta da cadeia apedrejando as vitimas. Vc conseguiu chamar atenção ótimo todos pedofilos, aliciadores e tarados vão votar em vc se vc se candidatar.

    2. Não, para que ocorra Difamação e Calúnia é preciso que um terceiro tome conhecimento do fato. Os diversos detalhes revelados (profissão, roupas, óculos, aparência, aparelho celular, molho de chaves, são suficientes para que ele tenha sido reconhecido por quem o conhece. E de acordo com os organismo médicos efebofilia não é uma parafilia, então não creio que possamos chamá-lo de tarado. E me diz ainda: como faz para entrar pra esse tal direitos humanos?

    3. Que louca! Moça, se você fala em “criança”, e acha que 14 anos ainda é criança, então essa jovem pessoa deveria estar sob estritos cuidados dos pais (o que deve acontecer quando um filho ainda é criança, tateando o mundo), mas não é o que acontece pois se trata de um adolescente. Se o jovem aprendeu a fugir de casa sem dar satisfação aos pais e ficou sujeito a abusos, a culpa é deles, não do velho safado. Ah, e por acaso há outra forma de identificar alguém que pratica um crime, a não ser depois de o fato ser consumado? Ou a senhora é vidente e capaz de saber quando e onde uma jovem de 14 anos vai ser estuprada, podendo usar o disque 100 antes do crime, além de elencar provas de um futuro crime não realizado? “vc devia entrar para os direitos humanos e ficar na porta da cadeia apedrejando as vitimas” – que deselegante, que insolente!

    4. “Um cara velho q quer transar com uma menina de 14 não é um tarado?”

      Qual o problema do cara ser velho? Por que tanto preconceito?

      Estranho é você considerar como “menina” quem naturalmente pode ser mãe.

      Quem estaria errado: você ou a natureza? Eu prefiro confiar na natureza.

  24. Oi Fernando, achei muito bem elaborada e escrita sua crítica ao programa CQC quando tentou reeditar o “To Catch A Predator” sem se dar conta das diferenças nas leis entre Brasil e EUA, sobretudo as de idade de consentimento. Concordo com tudo que você escreveu, e fiquei muito indignado com a matéria, e com a forma como aquela pessoa foi exposta. Dá pra se ver como as pessoas são tendenciosas e oportunistas ao tratar este tipo de assunto, pois mesmo tendo sido cometido um crime contra um cidadão, não apareceu um só membro do Ministério Público querendo processar a Band.

    Tenho um blog direcionado a este tipo de assunto, e gostaria de repostar sua matéria em meu blog caso você concorde.

    Segue o link, e fico no aguardo da sua resposta:

    http://antipreconceitointeretario.blog.com/

    E parabéns pelo seu texto!

  25. Eu estava gostando do texto, mas quando passei na parte “é mais perigoso matricular o filha na catequese…” parei. Opa!! Eu como catequista me senti ofendido.
    Quer dizer que eu e demais catequistas somos perigosos para nossas crianças?
    Não é necessário este tipo de comparação para validar seu texto.

  26. O texto está bem escrito, ótimos argumento. Entretanto a ênfase está muito aplicada à apontar o erro da Bandeirantes. Se a garota possui 14 anos, e fazer sexo com ela não caracteriza crime algum, tudo bem, mas isso não quer dizer que isso seja angustiante.
    É fato o grande sensacionalismo nos programas de Tv, e acentuação da notícia em determinados temas, como violência, porém saber que existe alguém que sente atração sexual por outra, que nem possui maioridade, é extremamente desconfortável.
    Também não é agradável ler o autor desse texto perdendo os preceitos morais, para amparar a legislação, e enfatizando o crime da emissora.
    Caso diga que as leis são importantes e são as bases do desenvolvimento, lembre das leis políticas e concorde com todas.

    1. Por que as pessoas acham que, quando se nega X, está-se automática e definitivamente apoiando Y? Li alguns comentários e suas respostas. É difícil, hein? Vc tem sangue frio… “Perdendo os preceitos morais”, seria interessante perguntar qual a fonte usada pra essa lista de preceitos… hahaha

  27. As pessoas estão acostumadas a pensar por binarismos, escolher entre o certo e o errado, a vítima e o agressor, o vagabundo e o trabalhador… Adoram julgar e destratar o errado, o culpado, e desconfio que essas pessoas fazem isso porque já sofreram muita violência também, não necessariamente física. Fernando apenas está mostrando que o CQC errou nesta matéria nas classificações e abordagem e se safou apelando para o sensacionalismo. Pelo que eu entendi, ele não defende os pedófilos, mas sim o profissionalismo. Pedofilia é uma doença que precisa de ajuda médica, e não de humilhação e perseguição pública. Fazendo esse circo, o CQC só ajudou o cara a se prevenir melhor e da próxima vez fazer mais bem feito…

  28. Lamentável chamar de hipocrisia a atitude de um blogueiro como o Fernando que não aceita de bom agrado o que lhe é vomitado pela televisão, tem opinião própria e discernimento para não ser manipulado por um programa de televisão, apontando erros e colocando a boca no mundo para dar sua opinião e buscar a verdade, afinal os fins justificam os meios ??? Todo mundo se diz engajado na luta contra a pedofilia, mas existem leis a serem seguidas, e o fervor e a indignação do tema não são motivos para descumprir as leis, porque sendo assim a prática de torturar inocentes pra conseguir confissões, não deveria indignar esses q rebatem as criticas do Fernando.

  29. Já se passou algum tempo… Mas gostaria de comentar aqui. Concordo plenamente com vc, Fernando. Lerei todos os comentários amanhã. Só faltou citar o Ronald Rios. Ou foi proposital por ele nem jornalista ser?

  30. Quando vi a reportagem na net há pouco tempo, fiquei pasmo. Conheço o cara. Quem já teve algum contato com ele, consegue reconhecê-lo. Primeiramente fiquei sem reação, não pensei em nada. Só fiquei indignado com quem o chamou de FDP. Os pais dele merecem respeito. Depois li vários comentários, e ainda bem que existem pessoas que não se deixam levar pelo sensacionalismo tão facilmente. Não concordo com o que ele fez(com 35 ir pra casa de uma menina de 14 pra sexo e tchau), mas taras são comuns, não é por acaso que pornografia movimenta tanto dinheiro. E eu (espero que certas pessoas não tenham visto) não precisava saber o que ele tinha feito. Se ele tivesse feito um crime, claro que deveria ser preso, mas não houve. Ele queria uma menina mais nova, mas só investiu nela quando ela mostrou interesse. Senti vergonha por ele. E duvido que ele tenha recebido pra fazer isso, não precisava se sujeitar a isso.

  31. A forma como o CQC retratou aquele cidadão, os comentários da equipe da Band em redes sociais, e a falta de conhecimento sobre a legislação brasileira realmente foram lamentáveis, porém, o que foi apresentado não é algo fantasioso. Me pergunto, se “ocorreu” com uma menina de 14 anos, porque não poderia ocorrer com uma de 12, 10 ou ate menores? Será que o mais importante é relacionar os erros da equipe da Band nesta ou nos atentarmos sobre a fragilidade que as crianças são expostas?
    Volto a dizer, a forma com a matéria foi produzida é lamentável, porém penso que o foco é outro.

  32. A forma como o CQC retratou aquele cidadão, os comentários da equipe da Band em redes sociais, e a falta de conhecimento sobre a legislação brasileira realmente foram lamentáveis, porém, o que foi apresentado não é algo fantasioso. Me pergunto, se “ocorreu” com uma menina de 14 anos, porque não poderia ocorrer com uma de 12, 10 ou ate menores? Será que o mais importante é relacionar os erros da equipe da Band ou nos atentarmos sobre a fragilidade que as crianças são expostas?
    Volto a dizer, a forma com a matéria foi produzida é lamentável, porém penso que o foco é outro.

  33. Fernando, mandou bem demais nesse artigo, já tive problemas com Ronald Rios por ele zombar dos deficientes na MTV. Nesse mesmo programa já vimos tantas matérias positivas, principalmente no PROTESTEJÁ. Humor inteligente é bem diferente de sensacionalismo barato.
    Parabéns mais uma vez.

  34. No final das contas, a matéria do CQC (sensacionalista ou não), fez com que as pessoas debatessem sobre o tema. E debater um tema tão sério como esse, é sempre melhor do que simplesmente ignorá-lo. Logo, acho eu, o resultado dessa reportagem foi positivo.

  35. Na verdade, ficar falando bonito, cheio de lenga-lenga querendo parecer inteligente é coisa que qualquer um faz, até mesmo quem não sabe de nada.
    Tem muita CRIANÇA por aí sendo iludida, enganada por homens que não tem outro interesse senão satisfazer suas fantasias pervertidas, sem ao menos levar em consideração o estrago que pode estar fazendo na vida da criança.
    Não importa se a jovem tem 12, 13, 14… anos. Trata-se de um ser humano imaturo, no início de seu aprendizado para a vida adulta e não é de se esperar que tal pessoa tenha malícia para lidar com as manipulações de um aproveitador qualquer que a seduz e induz ao erro.
    Conheço garotas que cresceram comigo, caíram na mesma armadilha onde tantas hoje se jogam de olhos fechados.Pergunte a alguma garota destas oque as levou a cometer tal erro.
    Creio que o editor desse blog não esteja habituado a andar pelos lugares mais pobres da cidade onde, SIM, os “senhores de bem” da sociedade, alguns inclusive responsáveis por escrever estas leis absurdas, vão para se encontrar com adolescentes, que atraídas pelas promessas de cafetões, alguns que se dizem seus “namorados” , esperam encontrar uma saída para a vida difícil que tem.
    É!! o problema senhor vai muito além de jovens alienadas que se trancam em seus quartos para ouvir funk e “namorar” no facebook.
    Trata-se também de homens que no mínimo se aproveitam da falta de malícia de algumas jovens para pervertê-las e quem sabe aliciá-las para seus fins perversos.
    Mas tenho certeza que tais homens farão bom uso das informações contidas nesta matéria para se defender quando um pai de família desesperado procurar ajuda.
    Peço desculpas se fui mal educado ou se avaliei mal a intenção dessa matéria, mas não pude me omitir diante da frieza com que trata de um assunto tão sério e a respeito de pessoas que, ao contrário da maior parte da mídia que tenta tirar proveito dessa situação, tentaram fazer algo a respeito.

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