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Roberto Freire não sabe que Verônica Serra é indiciada por quebra de sigilo?

O deputado Roberto Freire (PPS-SP) encampou a defesa do PSDB e tenta barrar a CPI da Privataria. Mas será que ele tem conhecimento das denúncias contra a família de José Serra? Há duas horas respondeu um e-leitor que cobrava as respostas que toda sociedade espera:

http://twitter.com/#!/Politica_Santos / http://twitter.com/freire_roberto

Será que foi Roberto que endoidou? Talvez apenas desconheça a história, uma das tantas reveladas pelo livro de Amaury Ribeiro Jr. Ou será que finge desconhecer?

Matéria do Brasil247 de 10 de dezembro: “Veronica Serra é ré por quebra de sigilo financeiro

“2003.61.81.000370-5. Este é o número do processo judicial, que corre em segredo de Justiça, contra Veronica Allende Serra. Filha do ex-governador paulista e eterno presidenciável tucano José Serra, ela foi indiciada pelo crime de quebra de sigilo financeiro.”

É só pegar o número do processo (2003.61.81.000370-5) e procurar no site da Justiça Federal de São Paulo: http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/. Vai abrir o processo:

ACUSADO: WLADIMIR GANZELEVITCH GRAMADO e outro
ADV. SP016009 – JOSE CARLOS DIAS e outros
ASSUNTO: CRIME DE QUEBRA DE SIGILO FINANCEIRO (ART.10 DA LC 105/01)

Wladimir Ganzelevitch é o jornalista que usou os dados da empresa de Verônica Serra (decidir.com), para publicar matéria no jornal Folha de São Paulo sobre cheques sem fundo de deputados.

Mas e o “outro”, quem é? Para saber é só ir no final da página e clicar em TODAS AS PARTES.

Está lá: INDICIADO: VERONICA ALLENDE SERRA

Cumpri meu dever cívico e informei o nobre deputado e seu eleitor:

Porém, ao invés de se retratar da afirmação falsa e admitir que Verônica foi sim indiciada por quebra de sigilo financeiro, o deputado preferiu simplesmente me bloquear no Twitter e fingir que não viu.

UPDATE: ROBERTO FREIRE CONTINUA EM NEGAÇÃO, ME CHAMA DE MENTIROSO E CULPA CONSPIRAÇÃO FASCISTOIDE LULOPETISTA:

Matéria da Folha de 2001 que deu origem ao processo diz: “As informações foram obtidas no site Decidir.com, que divulga na Internet dados comerciais e bancários sobre consumidores e correntistas de todo o país – o que é irregular, segundo as regras do BC.”

Claro que é irregular, tanto que ela foi indiciada. Verônica é acusada de quebrar O MEU SIGILO BANCÁRIO, pois era correntista do Banco do Brasil na época.

A filha de Serra é acusada – com bastante fundamento – de quebrar o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. Tudo isso é informação pública. E o espiral do silêncio é tão grande, que nem o deputado Roberto Freire diz saber.

Mas a internet não esquece, não perdoa. E o “internauta” é legião:

http://twitter.com/#!/acordacastelo

http://twitter.com/#!/dantast

Professor Idelber, direto de New Orleans não deixou barato:
Cyber Karma is a bitch:

Estado de negação (complete denial) do dr. Roberto, nobre deputado federal, é prova cabal de que uma CPI da Privataria se faz necessária.

UPDATE 3 – Três dias depois

Verônica Serra publicou nota onde diz “Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal“.

“Outra mentira grotesca sustenta que fui indiciada pela Polícia Federal em processo que investiga eventuais quebras de sigilo. Não fui ré nem indiciada. Nunca fui ouvida, como pode comprovar a própria Polícia Federal. Certidão sobre tal processo,  da Terceira Vara Criminal de São Paulo, de 23/12/2011, atesta que “Verônica Serra não prestou declarações em sede policial, não foi indiciada nos referidos autos, tampouco houve oferecimento de denúncia em relação à mesma.”

Ah, tá, desculpe, agora entendi, tá explicado…. OH WAIT

UPDATE 4 – Quatro dias depois

O Brasil247 publicou agora pouco “Veronica mentiu em pelo menos um ponto da defesa

O Doladodelá concorda: “Verônica Serra Mente

O Gravataí Merengue, respondendo comentários sobre a nota no site “Implicante” diz:

“Gravz: Há dois réus nesse processo – que, diga-se, nem mesmo começou a tramitar adequadamente, pois não há decisão alguma. São os réus James Membrides Rubio Junior e Wladimir Ganzelevitch Gramado. Veronica Serra aparece com a rubrica “indiciado” pq foi CITADA, mas não está no pólo passivo da demanda. Ou seja, ela não entra como ré nem nada do tipo. A ação é movida EXCLUSIVAMENTE contra os dois aqui citados – e não é nem honesto usar golpe semântico por conta de uma RUBRICA do tribunal federal. Menos, né? Já há mentiras demais por aí…”

Take from that what you will.

UPDATE 5 – Cinco dias depois

Através de um comentário de outro usuário – o nobre deputado me bloqueou, não recebo nem posso mandá-lo mensagens –  fiquei sabendo que Freire andou me citando novamente:

Notem que para Roberto, todos que discordam dele neste caso específico são automaticamente tachados de “petistas” ou “lulodilmistas”. O link que ele indica é a tal defesa de Verônica Serra. 

O deputado demonstra sua covardia me bloqueando – sem eu tê-lo ofendido ou insultado – e continuando a me mencionar para seus seguidores – me adjetivando o tempo todo – sem que eu receba estas mensagens. E depois ainda diz: “Falem!”, como se fosse um canal aberto de comunicação. Não é.

Quem leu o texto aqui sabe que em nenhum momento nem eu nem o professor Idelber chamamos de mentiroso “quem dizia que Verônica não foi indiciada”. Chamamos sim, o deputado Roberto Freire de mentiroso, como resposta por ele dizer que EU HAVIA MENTIDO ao dizer que havia apresentado documento que demonstrava que Verônica aparece como indiciada em um processo de quebra de sigilo. E eu apresentei esses documentos, ele pode até se recusar a acreditar nele, mas eu mostrei.

Eu, que sou ingênuo, acho que a verdade e os fatos ainda valem de algo. Esqueço que na vida de um deputado profissional, uma mentira é só mais uma mentira.

o/

PS: I do it for the lulz.

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Matéria da Folha de 2001 que originou o caso: 

30/01/2001 – 03h27
18 deputados emitiram cheques sem fundos
WLADIMIR GRAMACHO, da Folha de S.Paulo
Na República, ninguém emite mais cheques sem fundos do que deputados federais. No último dia 18, a “lista negra” do Banco Central, que guarda os nomes de quem tem pendências nas agências bancárias do país, flagrava 18 deputados com 153 cheques emitidos sem o devido saldo.
Entre senadores, ministros de Estado e ministros de tribunais superiores não houve nem sequer um registro de cheques sem fundos em suas contas correntes naquele dia, segundo levantamento feito pela Folha sobre dados bancários de 692 autoridades brasilienses.
As informações foram obtidas no site Decidir.com (www.decidir.com.br), que divulga na Internet dados comerciais e bancários sobre consumidores e correntistas de todo o país -o que é irregular, segundo as regras do BC.
A maioria dos deputados federais flagrados integra o chamado “baixo clero”, como ficaram conhecidos os parlamentares de pequena expressão, que em geral apenas seguem as orientações dos líderes partidários.
Até mesmo o maior expoente desse grupo, o deputado federal Severino Cavalcanti (PPB-PE), candidato à presidência da Câmara, aparece na “lista negra”, com cinco cheques devolvidos pela agência do Banco do Brasil instalada no prédio dos gabinetes de deputados. Em média, cada um tem valor de R$ 4.000.
“Eu fui traído por uma pessoa que depositou o cheque antes do prazo e desestabilizou minha conta”, justifica Cavalcanti, que já pagou os cheques e agora aguarda que o Banco do Brasil retire seu nome da lista. “Isso para mim é um negócio terrível. Acaba comigo”, disse o deputado, referindo-se à sua candidatura.
Além de candidato, Cavalcanti também é o corregedor-geral da Câmara, a quem compete investigar e denunciar parlamentares por quebra de decoro.
Mas, nesse caso, afirma que não há falta de compostura. “Isso acontece acidentalmente. Só valeria denunciar se houvesse alguém prejudicado”, disse o corregedor.
Se fosse processar algum colega da “lista negra” do BC, Cavalcanti teria que começar pelo deputado Pedro Canedo (PSDB-GO), o recordista de cheques sem fundos, com 41 registros.
Desde 22 de abril de 1996, portanto há mais de quatro anos, existem 11 cheques sem fundos na agência 0005 da CEF (Caixa Econômica Federal).
E, desde o último dia 10 de janeiro, outros 30 cheques foram registrados na agência 2223 da Caixa, instalada nas dependências da Câmara dos Deputados.
“Isso é coisa de quem vive no baixo clero, capengando”, afirma o deputado João Caldas (PL-AL), ao explicar o motivo de ter três cheques sem fundos no BB.
“Para atender os amigos, a gente tem que fazer o que não pode, um sacrifício. Tem muito pedido de matrícula, de pagamento de IPTU atrasado, de consórcio. E eu vou ajudando”, explica o deputado, que aponta o salário baixo como razão dos calotes.
O salário dos deputados é de R$ 8.000, e alguns deles têm limites de cheque especial que superam os R$ 20 mil. Juntando tudo, dá mais de 180 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 151.
Dinheiro insuficiente para atender a todas as demandas da vida parlamentar, segundo a experiência do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), 
que tem cinco cheques pendentes na Caixa Econômica Federal, há um mês.
“Eu custeei a corrida de uns 18 prefeitos aqui no Ceará, dos quais 13 foram eleitos”, justificou o deputado, logo esclarecendo: “Não (eram cheques altos), eram de R$ 20 mil, R$ 30 mil”.
As informações sobre os cheques sem fundos também ajudam a derrubar um 
mito: de que todos os deputados têm privilégios no Banco do Brasil. Todos, certamente não.
Dos 18 deputados flagrados na “lista negra” do Banco Central, 11 foram colocados ali pelo gerente da agência 3596 do Banco do Brasil, que fica no prédio dos gabinetes parlamentares.
“Aqui, a regra vale para qualquer correntista, seja ele deputado ou um cliente normal”, afirma Luciano Moreira, gerente da agência do Banco do Brasil há um ano e meio. “E o nome só sai da lista depois que pagar todos os cheques e as taxas, tudo dentro das regras”, diz Moreira.
Além do pouco prestígio e das pendências bancárias, outro dado une esse grupo de deputados federais. A maioria deles tem mais cheques sem fundos registrados no Banco Central que projetos apresentados em 1999, último dado disponível na Câmara.
Canedo, por exemplo, tem dois projetos e 41 cheques sem fundos. Carlos Batata tem um projeto e 28 cheques sem fundos. Ao todo, 13 dos 18 deputados citados na lista têm mais cheques pendentes que projetos apresentados. Textos aprovados, nenhum deles teve.

4 opiniões sobre “Roberto Freire não sabe que Verônica Serra é indiciada por quebra de sigilo?”

  1. Esse Roberto Freire ter sido eleito por São Paulo quando nem o estado dele o queria mais foi dose… depois reclamam da eleição do Tiririca, enquanto os verdadeiros palhaços não se fantasiam… fingem que são sérios… #mídiasóalternativa #cpiprivatariatucanajá

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