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Violência da Polícia de NY contra manifestações em Wall Street

Enquanto se completa uma semana do movimento de ocupação pacífica de Wall Street chamado OccupyWallStreet, onde centenas de pessoas acampam na “Liberty Plaza” em NY, cerca de 100 foram presas pela polícia novaiorquina nesta tarde do dia 24 de setembro, no coração do império financeiro global, quando milhares de pessoas marcharam em protesto contra a ganância das corporações corruptas e sua influência nefasta sobre os governos.

Assista aos vídeos das prisões arbitrárias e violentas abaixo.

O prefeito de Nova York Michael Bloomberg, bilionário dono de um conglomerado de mídia, sabia das manifestações e declarou, dia 17, através das páginas de seu próprio veículo de comunicação que “o povo tem o direito de protestar” na cidade. Porém, numa entrevista de rádio, compartilhou a preocupação com o risco de “distúrbios (riots)” se a economia não melhorar logo, e num ato falho, ao invés de citar “distúrbios” como os violentos saques e incêndios de Londres em agosto, disse temer algo como os movimentos por democracia no Egito (#jan25) e por democracia real na Espanha (#15M): “Foi o que aconteceu em Cairo. Foi o que aconteceu em Madrid. Não queremos estes tipos de distúrbios aqui“.

Relatos do local e as imagens publicadas na internet (alguns exemplos abaixo) não deixam dúvida que a polícia de Bloomberg desrespeitou os direitos civis dos manifestantes e – amparada pelo ‘Patriot Act’ – tenta através de prisões arbitrárias e sem acusação formal intimidar o povo nas ruas, que desta vez – diferente de protestos do passado – não realiza apenas um protesto em um dia determinado, mas – como aconteceu em Cairo e em Madrid – ocupa o espaço público em um evento que não tem data para terminar. O que intriga parte da imprensa americana – e o que em parte explica o blecaute midiático sobre estes acontecimentos nas ruas de Nova York e do mundo – é que ao invés do alvo dos ativistas ser o governo, os militares ou a Casa Branca como de costume, os alvos são os verdadeiros donos do poder: os bancos e as grandes corporações.

No momento há ocupações ocorrendo em pelo menos 12 grandes cidades americanas,  e dezenas de outras cidades se organizam para tomar praças e ruas em solidariedade aos manifestantes de Wall Street. Dia 6 de outubro ativistas pretendem ocupar Washington (#oct6) e dia 15 de outubro (#15O/#oct15) o movimento pretende alcançar todas as grandes cidades mundo.

É a Revolução Global de 2011, a resistência a um futuro distópico. Um amigo fotógrafo, veterano do 11 de setembro de 1973 chileno e de várias outras andarilhagens históricas pelo mundo vaticina: “Quando essa coisa explodir , maio de 68 vai ser brincadeira de criança.” Anonymous já alerta faz tempo: “Expect Us”.

UPDATE: Ativistas informam que ainda hoje, 25/09, cerca de 30 pessoas continuam presas.

Cenas da brutalidade policial em NY dia 24/09/2011 que a mídia corporativa esconde do mundo:

Ocupação da “LIBERTY PLAZA” já dura uma semana.

Assista AO VIVO através do GlobalRevolution, streaming live from Lyberty Plaza:

Watch live streaming video from globalrevolution at livestream.com

https://occupywallst.org/
http://www.facebook.com/OccupyWallSt
http://twitter.com/OpWallStreet
http://twitter.com/OccupyWallStNYC

BONUS: Prisões arbitrárias no começo da ocupação da Liberty Plaza.