Clipping de Novembro de 2009

Resumo das Notícias de Novembro de 2009
Via Twitter @roteirodecinema – http://twitter.com/roteirodecinema

celtx

Celtx 2.5, o software gratuito de roteiros

por Márcio Massula Jr.

Um programa para formatação de roteiros não vai, nunca, ser o responsável pela qualidade de uma história. Mas ele pode ajudar.

O Celtx começou, na segunda metade de 2005, como um simples formatador de roteiros cinematográficos, mas atualmente, com a versão 2.5.1 saindo do forno, ele já é bem mais do que isso, e as funções que oferece condizem mais com o novo título: mídia de pré-produção.

Já li, algumas vezes, em sites e artigos que falam sobre programas para formatação, a expressão “Final Draft Killer”. O termo, ao mesmo tempo que denota toda a tradição do Final Draft e a suposta superioridade do programa, também evidencia um certo desassossego por um sucessor à altura.

O Celtx ainda tem suas deficiências, mas, pouco a pouco, começa a ganhar espaço nos corações dos roteiristas mundo afora. A questão é que tanto o Final Draft, como seu desafiante direto, o Movie Magic Screenwriter custam por volta de duzentos e cinquenta dólares. Mesmo jogadores novos, como o Movie Outline, tem preços que podem não ser atrativos para roteiristas que ainda não tem na escrita o seu ganha-pão.

A interface do programa é bem clean, e ele é praticamente auto-intuitivo, o que também colabora no primeiro contato.

FREEWARE OU OPENSOURCE?

Ainda existe uma grande confusão entre esses dois termos e convém destacar aqui as diferenças.

Freeware é todo programa cuja utilização é livre de ônus para o usuário, ou seja, você pode baixar, instalar e usar sem ter que tirar dinheiro do bolso. Mas, mesmo assim, pode ser que o produto pertença a alguém. Quaisquer modificações no programa tem que ser feitas pelo seu idealizador, seja um indivíduo, seja uma empresa, que pode, inclusive, mudar de idéia a respeito do da distribuição daquele programa.

Opensource são programas cujo código-fonte é aberto a qualquer pessoa, ou seja, qualquer usuário com os conhecimentos técnicos necessários pode alterar o programa para que este funcione segundo suas vontades. Embora as licenças de uso possam variar, esses programas são, de forma geral, doações dos autores à comunidade.

Então, todo opensource é um freeware, mas nem todo freeware é um opensource.

O Celtx é um opensource, e o exemplo disso é o fato dele ter sido criado sobre a plataforma de outro opensource famoso, o Mozilla Firefox. A partir da versão 2.0, a Greyfirst, empresa que criou o Celtx, liberou o desenvolvimento de extensões por parte de terceiros. E antes disso, alguns tweaks já vinham sendo feitos e mostrados nos fóruns do Celtx.

MULTIPLATAFORMA

O Celtx tem versões para os três principais sistemas operacionais disponíveis: Linux, Windows e Mac OS X.

Isso se chama interoperabilidade. Significa que não há nenhuma barreira para pessoas que tenham computadores com diferentes sistemas operacionais, ou mesmo usuários que possuam mais de um computador nessas mesmas condições, possam trabalhar no mesmo arquivo.

Isso é uma boa, principalmente para a comunidade do Linux, que, por motivos ideológicos e de mercado, foi solenemente ignorada pelos desenvolvedores desse tipo de aplicação. Além de alguma s extensões e templates arcanos para o OpenOffice, o Vim o Emacs e o Tex, houve apenas o GNU Screenplay, abandonado sabe-se lá por qual motivo.

Nota: hoje, para o OpenOffice 2.x em diante, existe um template mais palatável, que pode ser encontrado aqui.

TRINTA IDIOMAS

O Celtx está disponível em cerca de trinta idiomas, o português brasileiro incluso.

CRIAÇÃO DE PROJETOS

Uma das grandes diferenças do Celtx frente a outros programas para formatação de roteiros é que, quando se cria um arquivo, não se cria apenas um roteiro, mas um projeto, que pode abrigar diversos roteiros, assim como outros elementos diferentes, inclusive, arquivos de outros programas, que o Celtx não manipula, mas mantém junto ao projeto.

O legal é que isso permite agregar todas as informações referentes ao roteiro num mesmo lugar, ou melhor, numa mesma interface, e isso ajuda a manter o fluxo das idéias.

SEIS EDITORES DE TEXTO DIFERENTES

O programa conta com seis editores de textos diferentes, sendo um para os roteiros cinematográficos propriamente ditos, outro para roteiros A/V (áudio-visual), que divide o texto em duas colunas, outro para teatro, outro para áudio (rádio), outro para quadrinhos e o último para textos planos.

Um recurso interessante do Celtx é o “Adaptar para…”, que dá possibilidade de converter, rapidamente, um tipo de roteiro para outro.

FERRAMENTAS

O programa conta ainda com diversas ferramentas extras, como um organizador de storyboards, uma ferramenta para criação de esboços, calendário, agenda, hiperlinks e mais de trinta tipos de fichas para descrição detalhada dos elementos que vão compor a obra, sejam atores, objetos de cena ou locações.

A vantagem é que todos esses elementos podem ser cruzados e inseridos no roteiro através de uma ferramenta de indexação (que por enquanto, é manual).

FORMATOS

Um dos aspectos mais importantes num programa dessa natureza é o dos formatos com os quais ele trabalha.

Desde a versão 0.996, o formato nativo do Celtx tem sido o .celtx, que nada mais é que uma pasta compactada onde estão inclusos os arquivos menores – roteiros, anotações, fichas, etc., que são, por sua vez, salvos no formato html, assim como os arquivos em outros formatos que são agregados ao projeto. A grande sacada é que um arquivo .celtx pode ser aberto até com um descompactador normal, como o 7zip, por exemplo.

O programa exporta para .txt, .html e também para .pdf, sendo que esta última opção requer, por enquanto, uma conexão com a internet. Muitos usuários, eu incluso, acham que o recurso seria muito melhor se também funcionasse offline.

Ele só consegue importar arquivos .txt, e, invariavelmente, o roteiro importado vai requerer algumas correções na formatação. Mas o .txt é universal, e praticamente todos os outros formatadores conhecidos, assim como os editores/processadores de texto, exportam e editam esse formato, o que torna a migração para o Celtx muito fácil.

PORTABILIDADE

Existe uma versão portátil (e, aparentemente, abandonada) do Celtx, que pode rodar a partir de um pendrive, inclusive junto com a suíte PortableApps.

Contudo, no Windows é possível copiar a própria pasta da instalação do Celtx para dentro de um pendrive, e mesmo assim ele funciona perfeitamente, embora possa deixar rastros no computador onde você está utilizando o programa.

No Linux, que na verdade nem exige instalação, ocorre o mesmo.

Junte isso à interoperabilidade da qual falamos lá em cima e você terá uma ferramenta que – parafraseando um dos membros da comunidade do Celtx no Orkut – nunca o deixará num aperto.

FÓRUM

Um dos diferenciais do Celtx, e talvez o maior responsável pelo seu sucesso, é o seu fator “social- networking”, que nunca deixa o interesse pelo programa arrefecer. O fórum por exemplo já tem quase dez mil participantes inscritos e a tendência é só aumentar. Os moderadores, funcionários da Greyfirst, costumam ser bem prestativos. Na maioria das vezes, as perguntas devem ser feitas em inglês, mas uma seção do fórum é dedicada a outros idiomas e é possível encontrar, ou mesmo criar, se for o caso, tópicos em português.

CELTX STUDIOS

Antes da versão 2.0, o Celtx contava com uma funcionalidade chamada Web Services, onde estavam contidos o Project Central e também um serviço rudimentar de backup e compartilhamento dos roteiros.

No lançamento da versão 2.0, a Greyfirst anunciou que iria descontinuar seus Web Services, substituindo-os pelo Celtx Studios, um novo serviço que, devido a diversos motivos, passaria a ser pago.

Testei o serviço por um curto período de tempo e realmente não vi nenhum atrativo tão grande a ponto de me fazer pagar por ele. Mas convenhamos: numa situação que exija trabalho colaborativo, os 50 dólares anuais são uma pechincha.

De qualquer maneira, é possível emular, com determinadas limitações, o comportamento do Celtx Studio através de ferramentas como o Dropbox, o Mozy ou o Ubuntu One. Os três são serviços pagos, mas tem modalidades gratuitas com capacidade de armazenamento por volta de 2GB, espaço mais do que suficiente para armazenar projetos do Celtx.

CENTRAL DE PROJETOS

Atualmente o Project Central tem bem menos recursos do que já teve, e se limita a ser um espaço onde os usuários podem fazer o uploads públicos dos seus projetos e receber comentários de outros usuários.

Entretanto, ainda continua sendo uma excelente maneira de dar a cara a tapa.

WIKI

O programa não possui um help ou um manual. Ao invés disso, conta com uma página wiki (onde o conteúdo é criado pelos próprios usuários), com versões, até o momento, em inglês, alemão, francês, esloveno, espanhol, sueco, turco e húngaro.

O CELTX POR AÍ

Além do site propriamente dito, da wiki, do fórum e do blog, o Celtx mantém um perfil no Twitter, além de uma página e um grupo no Facebook.

Existe uma comunidade não-oficial do Celtx no Orkut e um tutorial em português, baseado na versão 1.0, escrito pelo guionista português João Nunes.

O FUTURO?

Sinceramente, acredito que num futuro não muito distante o Celtx vai ganhar um irmãozinho Web 2.0. Ele foi baseado num browser, e serviços como o Zhura (cuja interface do editor de roteiros lembra bastante a do Celtx, aliás) e o Plotbot estão aí para provar que existe uma demanda por esse tipo de ferramenta.

RELEMBRANDO

O Celtx pode ser baixado, gratuitamente, aqui. Divirta-se.
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Artigo original escrito por Márcio Massula Jr. em março de 2008 e atualizado e ampliado pelo autor em novembro de 2009. Massula é roteirista, colaborador do Roteiro de Cinema, usuário pioneiro do Celtx, e fundador da Comunidade do Celtx no Orkut.
logofse

Declaração Internacional dos Roteiristas em Atenas

DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DOS ROTEIRISTAS

No novo mundo digitalizado e globalizado, nós roteiristas nos reunimos hoje, em Atenas, na Grécia, para discutir o nosso papel central na criação das histórias que são realizadas com tal impacto para miríades de telas no mundo, e para as mentes e os corações das pessoas.

Histórias influenciam nosso comportamento e moldam nossa cultura. Elas nos ajudam a entender. As histórias conquistam o medo. Histórias têm poder. Como roteiristas, os contadores de histórias do nosso tempo, estamos conscientes do nosso papel e nossa responsabilidade e nos encontramos para se certificar de que possamos continuar nosso trabalho no novo ambiente.

Os desafios criativos e financeiros que enfrentamos, só poderá ser atingido se juntarmos forças e trabalharmos juntos. Insistimos na capacidade individual de cada um dos vinte e cinco mil roteiristas, cujos representantes estão reunidos aqui, para ver e compreender o mundo à sua maneira, e de modo a refletir suas perspectivas únicas nas histórias. Nós exultamos no conhecimento de que a criatividade individual é o que nos une para defender e fazer valer os nossos direitos e objetivos comuns.

Nós endossamos as ambições e as intenções da Carta da FSE, a Carta da IAWG e o Manifesto dos Argumentistas Europeus.

Exigimos que o direito de roteiristas de toda parte de serem reconhecidos como um dos autores da obra audiovisual que escreveram, e de serem razoavelmente compensados por cada utilização do seu trabalho.

Na busca destes objetivos nos dedicaremos a colaborar ativamente em campanhas que visam atingir nossas metas comuns.

Nós nos comprometemos a trabalhar juntos para defender e ampliar os direitos de quem escreve para a tela.

Acordado e assinado no sábado, 7 de novembro de 2009, em Atenas, na conclusão da primeira Conferência Mundial dos Roteiristas:

Christina Kallas
Presidente
FES – Fédération des Scenaristes en Europa /
Federação dos Roteiristas da Europa
http://www.scenaristes.org/

Michael Winship
Presidente
IAWG – International Affiliation of Writers’ Guilds
http://iawg.org/

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WORLD SCREENWRITERS DECLARATION

In the new digitised and globalised world, we screenwriters have today come together, in Athens Greece, to discuss our central role in the creation of the stories that are carried with such impact to the world’s myriad screens and to people’s minds and hearts.

Stories influence our behaviour and shape our culture. They help us understand. Stories can conquer fear. Stories have power. As screenwriters, the storytellers of our time, we are conscious of our role and our responsibility and we have met to make sure that we can continue our work in the new environment.

The creative and financial challenges which we face, can only be met if we join forces and work together. We insist on the individual capacity of every one of the twenty five thousand screenwriters, whose representatives are gathered here, to see and understand the world in their own way and to reflect that unique perspective in their stories. We exult in the knowledge that individual creativity is what brings us together to defend and assert our common rights and goals.

We endorse the ambitions and intentions of the Charter of the FSE, the Charter of the IAWG and the Manifesto of the European Screenwriters.

We demand the right of screenwriters everywhere to be acknowledged as an author of the audiovisual work which they have written and to be fairly compensated for each and every use made of their work.

In pursuit of these objectives we will engage in active collaboration on campaigns that seek to achieve our common goals.

We pledge to work together to defend and extend the rights of writers for the screen.

Agreed and Signed on Saturday 7th November 2009 in Athens at the conclusion of the first World Conference of Screenwriters :

Christina Kallas
President
Federation des Scenaristes en Europe/Federation of Screenwriters in Europe

Michael Winship
Chair
International Affiliation of Writers’ Guilds

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TRADUZIDO POR
Fernando Marés de Souza

EncontrodeRoteiristas-Programacao

Encontro no Rio reúne roteiristas da América Latina

Rio de Janeiro recebe roteiristas de quatro  países para discutir a linguagem cinematográfica da região,  questões profissionais, e políticas da classe.

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta o II Encontro de Roteiristas, que será realizado entre os dias 18 a 22 de novembro no Cinema 2 do espaço. Debater a linguagem cinematográfica a partir da ótica de quem a escreve e discutir as reivindicações dos profissionais de roteiro são os objetivos do Encontro de Roteiristas. 

Em seu segundo ano, o evento expande as discussões para a América Latina e traz diretores e roteiristas do Brasil, Uruguai, Venezuela, Bolívia e para debaterem junto aos representantes da classe, a diversidade e a estética de cada cultura, as políticas para desenvolvimento de roteiro, os direitos autorais e a situação do mercado profissional para os roteiristas de cinema. A iniciativa é uma realização da Anegra Filmes, com patrocínio da Caixa Econômica Federal.

O homenageado desta edição é o diretor e roteirista, Jorge Durán. Chileno radicado no Brasil desde 1973, Durán é autor de roteiros de clássicos da cinematografia nacional, como Pixote, a lei do mais fraco (1981) e O beijo da muher-aranha (1984). Ele se prepara para lançar seu 22º trabalho como roteirista, intitulado Não se Pode Viver Sem Amor. “Por ter nascido no Chile, mas ter residência no Brasil há muito tempo,  Durán representa muito bem os roteiristas latino-americanos”, comenta a coordenadora do Encontro, Hanna Godoy.

Importantes nomes do cinema nacional e internacional, como a roteirista brasileira Elena Soarez (O homem do ano, Bufo & Spallanzani e Eu, tu, eles) e o celebrado diretor chileno Andrés Wood (Machuca) compõem a programação, de cinco dias de palestras e seminários, aberta ao público. “Estamos explorando linguagens diversas, a exemplo do documentário e da ficção, promovendo uma fusão de temas e conceitos, para valorizarmos a arte da escrita cinematográfica” explica a curadora da mostra, Hanna Godoy.

Ao todo, serão 33 convidados, entre representantes do Governo Federal, associações, realizadores, roteiristas, dramaturgos e juristas, que debaterão temas ligados à dramaturgia, criação de roteiros e questões relacionadas profissão. O evento ainda conta com uma mostra de filmes, seguida de debate com os roteiristas, que apresentarão importantes produções latinoamericanas, a exemplo do aclamado Perro come perro, do roteirista colombiano Carlos Moreno. As exibições terão de R$ 4 (R$ 2 meia entrada).

Durante a programação, a Associação dos Roteiristas (AR), a Autores de Cinema (AC) e instituições latinas, como o Sindicato de Guionistas de Chile e a Asociación de Guionistas Colombianos, terão a oportunidade de expor suas atividades, desafios e conquistas, promovendo o intercâmbio entre os roteiristas. O encontro entre profissionais independentes, associados e representantes de associações da América Latina importante para o Brasil, dada a posição de liderança que o país ocupa na cinematografia sul-americana. Essa aproximação estreita os laços dentre os roteiristas dos países vizinhos que comungam com os nossos anseios e preocupações”, ressalta Godoy.

Assuntos delicados e ainda pouco discutidos, como a valorização da criação de roteiros, a relação entre os direitos autorais e o direito de todo cidadão ter acesso à cultura, serão debatidos na sexta-feira (20.11), pelo Secretário do Audiovisual, Slvio Da-Rin, e pelo Coordenador Geral de Gestão Coletiva e Mediação em Direitos Autorais do MinC, Jos Vaz. A palestra Política Brasileira de Fomento ao Roteiro dará espaço para os roteiristas e associações debaterem sobre as leis de incentivo do Governo Federal.

CATÁLOGO – Na abertura do Encontro (18.11) será lançado e distribuído o Guia 2010 de Concursos Nacionais e Internacionais de Roteiros. A publicação – única desse tipo no país – reúne todas as informações sobre os concursos de roteiros do Brasil e do mundo. O catálogo desta edição também traz as transcrições de todas as palestras e seminários do I Encontro, realizado na CAIXA Cultural RJ em setembro de 2007. O material ser distribuído gratuitamente em bibliotecas públicas, universidades, instituições de pesquisa e escolas de cinema. O catálogo, também, pode ser solicitado pelo endereço contato@encontroderoteiristas.com.br

SERIVIÇO

II Encontro de Roteiristas

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro – RJ (Metrô: Estação Carioca)
Telefones: (21) 2544.4080/ 2544.1099
Datas: 18 a 22 de novembro 
Horários: as palestras acontecem às 14h, 16h30 e 18h30

Entrada: As palestras são gratuitas e a mostra de filmes tem ingressos a R$ 4 (R$ 2 meia entrada)

PROGRAMAÇÃO

18 de Novembro

18h30 – Solenidade: representantes da Caixa Cultural, Glauber Piva e Manoel Rangel (Diretor e Diretor-Presidente da Ancine, respectivamente), David França Mendes (Vice-Presidente da Autores de Cinema), Sylvia Palmas (Associação de Roteiristas), Clementino Jr. (ABDeC-RJ), Adair Rocha (Representação Regional do MinC/RJ).

HOMENAGEM: Jorge Durán 

PALESTRA DE ABERTURA: Leandro Saraiva (Cidade dos Homens) e Newton Cannito (Cidade dos Homens) sobre o livro “Manual de Roteiro ou Manuel, o primo pobre dos manuais de roteiro e tv ”

O certo é romper ou seguir as regras? Preso a essa falsa questão roteiristas e produtores querem sempre debater as formulas de sucesso. Essa palestra mostrará que a questão não é seguir ou não seguir as regras: é inventar suas próprias regras e aí sim, segui-las fielmente.

19 de Novembro

14h – PALESTRA 1: Nós que vivemos das palavras. Objetivo: Conhecer o processo de criação dos roteiristas através de suas experiências pessoais e profissionais. Mediação de Carla Esmeralda

Palestrantes:

Elena Soarez – A Descoberta da Técnica

Luiz Bolognesi – As palavras e as coisas

Cláudio Galperin – A UTI do escritor

16h30 – Intervenção de Jorge Ramirez (Presidente do Sindicato de Roteiristas do Chile).

Objetivo: Apresentação da experiência chilena.

17h – FILME: Perro come perro (Colômbia, 2008)

Exibição seguida de debate com o diretor roteirista Alonso Torres

Mediação: Fabián Nuñez

20 de Novembro

14h – PALESTRA 2: O Diálogo com a Imagem no Documentário. Objetivos: Conhecer o cinema nacional em imagens e palavras através de olhares diferentes que desvendam o Brasil. Mediação de Tetê Moraes

Palestrantes:

Cao Guimarães – A imagem O som e O tempo

Joel Pizzini – O roteiro real

16h30 PALESTRA 3 – Política Brasileira de Fomento ao Roteiro

 Silvio Da-Rin (Secretário do Audiovisual / MinC) – O Valor da Criação

José Vaz (Coordenador-Geral de Gestão Coletiva e Mediação em Direitos Autorais) / MinC – O Direito de Autor e os direitos culturais: em busca do equilíbrio. Mediação Carla Francine (Coordenadoria de Fotografia Cinema e Vídeo da FUNDARPE)

18h30- FILME La Clase (Venezuela, 2007)

Exibição seguida de debate com o diretor e roteirista Jose Antonio Varela

Mediação: Fabián Nuñez

21 de Novembro

14h – SEMINÁRIO 1: Para entender Dramaturgia Nacional. Objetivos: Discutir a situação do roteiro nacional e como o mercado valoriza o profissional do roteiro. Mediação de Orlando Senna

Palestrantes:

Roberto Moreira – Dramaturgia para abrir mercados

Juliana Reis – A revolução da novela e a contra-revolução do cinema

Romeu di Sessa – Por que roteiro no Brasil nunca foi valorizado e por que isso vem mudando

Jorge Durán – Do roteiro ao filme

16h30 – Intervenção de Alexandra Cardona (Presidente da Associação de Roteiristas Colombianos). Objetivo: Apresentação da experiência colombiana.

17h – FILME La Cáscara (Uruguai, 2007)

Exibição seguida de debate com o roteirista e diretor Carlos Ameglio

Mediação: Fabián Nuñez

22 de Novembro

14h – SEMINÁRIO 2: O Roteirista e a Dramaturgia da América Latina. Objetivos: Exploração dos aspectos da dramaturgia latin0-americana e as especificidades de cada cinematografia representada na mesa e como o mercado valoriza o profissional do roteiro. Mediação de Tunico Amancio.

Palestrantes:

Carlos Ameglio  (Uruguai) – Diretores/roteiristas: o que somos? O Uruguai e sua identidade

Gabriela Guillermo (Uruguai) – O roteiro na modernidade cinematográfica

Jose Antonio Varela (Venezuela) – Reflexões sobre o roteiro na Venezuela. Glossário de Dificuldades

16h30 – CONFERÊNCIA

Conferencista: Luciana Freire Rangel (Assessoria Jurídica da AC)

18h30- FILME La Buena Vida (Chile, 2007)

Exibição seguida de debate com o diretor e roteirista Andrés Wood

Mediação: Fabián Nuñez

RELEASE DO EVENTO
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autoral

Roteiristas apoiam revisão da Lei do Direito Autoral

Roteiristas brasileiros pedem apoio ao projeto que revisa a lei do direito autoral, e que entre outras mudanças, visa garantir aos autores seus direitos patrimoniais sobre a exibição de suas obras. A legislação atual que rege o direito autoral no Brasil não prevê aos roteiristas e diretores, pagamento de direitos autorais pela exibição pública de suas obras.

Um projeto para a reforma da lei vem sendo desenvolvido pela Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, e debatido com a sociedade civil organizada, contando com a participação de diversas entidades de classe, incluindo as dos autores-roteiristas, na figura da AC – Autores de Cinema, representada por Carolina Kotscho e Maria Camargo, e da AR – Associação dos Roteiristas, representada por Marcílio Moraes e Sylva Palma.

As duas entidades – reunidas no Encontro de Roteiristas promovido pela Revista de Cinema, SENAC/SP e Instituto Terra em Transe  – fizeram um apelo a classe artística, e ao público de cinema e televisão, que apoiem os autores na defesa de seus direitos.

O projeto para a reforma da lei será apresentado no 3º Congresso de Direito de Autor e Interesse Público, que será realizado nos dias 9 e 10 de novembro de 2009, no Auditório do Centro de Eventos Fecomércio, Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, na cidade de São Paulo. As inscrições são gratuitas: www.direitoautoral.ufsc.br

Outras informações: http://www.autoresdecinema.com.br / http://www.ar.art.br

Fernando Marés de Souza
Roteiro de Cinema, roteirodecinema.com.br

III Congresso sobre Direito de Autor e Interesse Público debate propostas para atualização da legislação

O III Congresso sobre Direito de Autor e Interesse Público constitui-se em mais uma etapa nas discussões sobre a revisão da Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e dará continuidade à sequência de eventos que teve a finalidade de contribuir para o aperfeiçoamento da situação dos Direitos Autorais no Brasil. Esse processo foi deflagrado em 2005, a partir de uma demanda da I Conferência Nacional de Cultura, que nas suas resoluções finais propôs a promoção de debates públicos sobre o Direito Autoral e uma postura mais ativa do Estado na formulação de políticas públicas para o setor. Em dezembro de 2007, o Ministério da Cultura (MinC) lançou o Fórum Nacional de Direitos Autorais, com o objetivo de discutir com a sociedade a legislação existente e o papel do Estado nessa área e subsidiar a formulação da política autoral.

Os debates ocorreram em eventos realizados pelo MinC, entre eles um seminário internacional e quatro nacionais, ou por instituições parceiras. Além disso, o MinC promoveu reuniões setoriais com diversos grupos de interesses (autores de cinema, setor livreiro, representantes da área musical etc.) para discutir o tema. A partir desses debates, foram reunidos todos os pontos que se destacaram, tendo se evidenciado a necessidade de implementação de políticas setoriais que corrijam os desequilíbrios presentes no campo da cultura, no que tange os direitos autorais.

O Ministério da Cultura conta, desde julho deste ano, com uma Diretoria de Direitos Intelectuais que vem ampliando a capacidade do Estado para atuar no campo autoral por meio de programas e políticas setoriais. No entanto, uma atuação efetiva do Estado no processo de regulação, só será possível por meio de alterações no atual marco legal. A opção tomada foi a de fazer uma revisão na Lei 9610/98, sem realizar modificações estruturais em seu corpo.

Durante o evento será apresentado pelo MinC um documento contendo o diagnóstico das propostas discutidas durante o Fórum Nacional de Direito Autoral que irá subsidiar o debate. As propostas surgidas nesse III Congresso sobre Direito de Autor e Interesse Público complementarão a construção de um anteprojeto de Lei que será apresentado à sociedade, que então terá uma nova oportunidade de se manifestar por meio de consulta pública.

O evento, que terá transmissão pela internet, é uma realização do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por intermédio de seu Curso de Pós-Graduação em Direito (CPGD), e tem o apoio do Ministério da Cultura – MinC – e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

A programação e outras informações estão no link www.direitoautoral.ufsc.br

A transmissão pela internet poderá ser acessada pelo endereço www.cultura.gov.br/direito_autoral

Fonte: Diretoria de Direitos Intelectuais

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Marton Olympio abre o processo de roteiros premiados

O roteirista Marton Olympio foi recentemente premiado com a seleção de seus roteiros para dois importantes workshops nacionas – o Laboratório SESC de roteiros e o Curta Cinema da Caixa – e criou um Blog – O Filme Nosso De Cada Dia  - para documentar e abrir discussão sobre o desenvolvimento dos roteiros até seu tratamento final, para “ver a partir da consultoria, no que eles se transformam depois dos pitacos, destruições, arrasos e sugestões dos profissionais. Experiência inédita e muito interessante, principalmente para quem quer se tornar mais íntimo do processo de desenvolvimento de um roteiro.

Muito se fala da construção de um roteiro… e sobre desconstrução?” – Marton Olympio

O FILME NOSSO DE CADA DIA
http://meufilme.wordpress.com/