Arquivo da categoria: Bráulio Mantovani

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Estréia VIPs, escrito por Bráulio Mantovani e Thiago Dottori

O aguardado filme dirigido por Toniko Melo com roteiro de Bráulio Mantovani e Thiago Dottori  estreou nos cinemas em todo o Brasil.

VIPs, da O2 Filmes, traz Wagner Moura no papel de um golpista cujo maior prazer é imitar as pessoas e se passar pelos outros. “Alimentando o sonho de aprender a voar e tornar-se piloto como o pai, Marcelo foge da casa da mãe e começa a maior aventura de sua vida, cada vez se passando por uma pessoa diferente. Até dar o maior golpe de sua vida: fazer-se passar pelo empresário Henrique Constantino, filho do dono da companhia aérea Gol, em uma grande festa no Recife”.

O argumento de Toniko e Bráulio é inspirado na vida de Marcelo da Rocha, narrada no livro “VIPS – Histórias Reais de um Mentiroso”, escrito por Mariana Caltabiano, mas Toniko faz questão de frisar que o filme é pura ficção, “onde a ‘realidade’ é usada apenas como uma desculpa para investigarmos a nós mesmos”. Thiago Dottori entrou no projeto, inicialmente, como assistente de Bráulio Mantovani. O trabalho dos dois, aos poucos, evoluiu para uma parceria, e Thiago passou a assinar como coautor do roteiro.

Thiago escreveu a série  “Trago Comigo”, dirigida por Tata Amaral, pelo qual foi indicado ao prêmio Qualidade Brasil na categoria de melhor autor de minissérie. Bráulio escreveu o roteiros de “Cidade de Deus”, premiado pela Academia Brasileira de Cinema e indicado ao Oscar pela AMPAS americana, da qual Bráulio é membro, e é um dos mais prolíficos e populares roteiristas brasileiros, trabalhando em obras como “Última Parada 174”, “Tropa de Elite”, “Linha de Passe” e “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”. Thiago e Bráulio são membros da associação de “Autores de Cinema“.

Thiago Dottori à esquerda e  Bráulio Mantovani à direita.

Um produto da O2 Filmes, assinado por Fernando Meirelles, Paulo Morelli, e Bel Berlinck, VIPs foi o grande vencedor do Festival de Cinema do Rio ano passado, recebendo o Redentor de Melhor Filme, além de Melhor Ator para Wagner Moura, Melhor Ator Coadjuvante para Jorge D’Elia, Melhor Atriz Coadjuvante para Gisele Fróes. É a estréia do diretor em longa-metragens, Toniko Melo dirige publicidade desde 1989, e dirigiu episódios da série “Som & Fúria” também produzido pela O2, exibido pela Globo.

Em entrevista para blog oficial do filme e um vídeo promocional, Thiago, Bráulio e Toniko falam sobre o processo do roteiro:

Do Argumento ao Roteiro

Entrevista com os roteiristas Bráulio Mantovani e Thiago Dottori pelo blog oficial do filme.
Originada de um primeiro ensaio de roteiro sobre o farsante que se fez passar pelo dono de uma companhia aérea brasileira durante o carnaval do Recife, a ideia para a trama de VIPs ganhou um novo enfoque a partir da construção de seu argumento. O objetivo do diretor Toniko Melo era transformar em ficção a história real, buscando um viés mais aprofundado, que fosse além dos golpes dados por Marcelo da Rocha. Coube a Bráulio Mantovani e Thiago Dottori delinear os primeiros contornos do Marcelo ficcional: um personagem forte, cujos traços psicológicos deveriam ser explorados em toda sua complexidade.
Hoje, só aqui no blog, você conhece mais sobre esse processo de conversão do real em ficção. Confira abaixo a entrevista com a brilhante dupla responsável pelo roteiro de VIPs: Bráulio Mantovani e Thiago Dottori.
Como foi o processo de adaptação do livro da Mariana Caltabiano? Você diria que é baseado no livro, ou livremente inspirado?
Bráulio – O processo de adaptação foi um pouco complicado. A vida do verdadeiro Marcelo é repleta de acontecimentos. São tantos os golpes (e muitos deles tão interessantes) que foi difícil escapar à tentação de contar todos. Outros roteiristas tentaram isso antes de o Thiago Dottori e eu entrarmos no processo. Lemos esses roteiros anteriores, todos muito bons, e percebemos que a quantidade de golpes do Marcelo que aconteceram na realidade – tão saborosos quando lidos no livro da Mariana – acabavam produzindo, no roteiro, um efeito de cansaço e repetição, por mais que os roteiros estivessem bem escritos.
Foi então que, ainda no processo do argumento (que desenvolvi em parceria com o diretor Toniko Melo), procuramos exaustivamente um outro viés para o filme. Percebi que o que de fato havia seduzido o Toniko na história real não eram os golpes do Marcelo, mas os traços psicológicos do golpista. Especialmente a característica que diferenciava o Marcelo de outros golpistas (famigerados ou não): ele se deixou prender, no Rio de Janeiro, depois de se fazer passar por Henrique Constantino no Recife.
Thiago - Acho que as inúmeras histórias vividas por Marcelo causam uma espécie de encantamento em quem toma contato com elas. E por isso mesmo havia ali uma armadilha para ser desmontada; era preciso perceber o que havia por trás disso tudo. No roteiro, demos um mergulho atrás desse sujeito, do tipo: “Você pode ter enganado muita gente, mas a nós, escritores e diretor do filme, você não vai conseguir enganar. Mostre sua cara”. Nesse movimento, nós criamos um outro personagem que, hoje, me parece bem diferente do personagem real. Essa descoberta da motivação do Marcelo foi sempre o que nos norteou na construção do roteiro.
Como foi a definição do Marcelo como personagem de ficção? Houve alguns contornos da personalidade dele que foram adaptados para o roteiro?
Bráulio – O Marcelo do roteiro não existiria se não existisse o Marcelo da realidade. Porém, o Marcelo da ficção é muito diferente do Marcelo que se fez passar por dono da Gol e hoje está preso. Muitas das coisas que aconteceram na realidade acontecem também no roteiro. Porém, essas mesmas ações e peripécias possuem uma outra verdade: a verdade do personagem ficcional.
Thiago – Há um aspecto curioso sobre isso. Lembro que enquanto trabalhávamos no roteiro, já bastante distantes do material original (as entrevistas e o livro de Mariana), soubemos que haveria uma matéria na TV sobre o Marcelo. Obviamente, eu e o Bráulio assistimos à matéria, que foi veiculada num domingo à noite. Fiquei um pouco intrigado com o que vi. Algo ali me incomodava. Logo depois meu telefone tocou; era o Bráulio. A primeira coisa que ele me disse foi: “Nós não estamos fazendo o filme sobre esse cara. Esse não é o personagem do nosso roteiro”. Foi quando eu finalmente consegui me desapegar do real e partir de vez para a ficção.
E os outros personagens? São todos “radicalmente inventados” (por exemplo, a Sandra – Arieta Corrêa –, a única que percebe que o Marcelo não é o Henrique Constantino)?
Bráulio – Quase todos os personagens do filme saíram, de alguma maneira, da história real. Todos, porém, foram radicalmente reinventados para compor o universo do protagonista que nós inventamos. Como eu disse antes, a realidade forneceu os nutrientes para alimentar a nossa criação. O DNA de todos os personagens, porém, é pura ficção. Vale ressaltar aqui que a personagem da mãe do Marcelo (que não tem nada a ver com a mãe real) ganhou no filme uma dimensão muito mais interessante em relação ao roteiro graças à interpretação de Gisele Froes. Essa atriz maravilhosa fez a personagem crescer. Ela soube potencializar o que estava apenas insinuado no roteiro. Interpretações como a de Gisele são um presente para qualquer escritor.
Thiago - Aliás, se tem um aspecto que realmente salta aos olhos no filme foram as escolhas de elenco feitas pelo Toniko Melo e pela Cecília Homem de Mello. Além da maravilhosa interpretação da Gisele Froes, citada pelo Bráulio, há muitos personagens, e todos estão muito bem interpretados pelos atores. A personagem da Sandra, vivida pela Arieta Corrêa, por exemplo, era um tremendo desafio, porque ela precisava se estabelecer muito rapidamente; em poucos planos, era necessário que ela se destacasse do universo ao seu redor. Acho que ela foi muito feliz, não só nisso, mas também na cumplicidade que ela conseguiu estabelecer com o personagem do Marcelo. Tudo isso ilumina a história que a gente escreveu, muitas vezes revelando aspectos que a gente não tinha pensado.
Quais foram os temas da história de Marcelo que mais te interessaram para o roteiro? Há uma crítica ao mundo de aparências dos chamados VIPs, um mundo do qual o Marcelo revela toda a superficialidade.
Bráulio – Para mim, essa questão do mundo das celebridades é quase periférica no roteiro. O que me interessa mais é o personagem que nós criamos. Ele tem uma singularidade original. O mundo das aparências povoado por celebridades é apenas um palco onde a fantasia de Marcelo ganha uma verdade assustadora. A crítica ao universo VIP que, acredito, está presente no filme é apenas uma camada a mais da história.  A subjetividade enviesada de Marcelo é, na minha opinião, o foco central do filme.
Thiago – Além dos temas levantados pelo Bráulio, há um tema que me interessa bastante nessa história: a questão da identidade. Eu me identifico com um sujeito em busca da sua própria identidade. Acho que é uma questão com que todos nós nos deparamos em algum momento. Outra coisa que me interessa é perceber o quanto as pessoas que cercam o Marcelo, de alguma maneira, precisam da sua presença ali. É como se a chegada dele trouxesse uma relevância para aquele ambiente que até então não existia. Acho que é nesse flanco que ele atua, é por isso que as pessoas se deixam levar por sujeitos como ele, acreditando na sua fantasia como um espelho.

VIPs

Produtora: O2 Filmes 
Direção: Toniko Melo 
Produção: Fernando Meirelles, Paulo Morelli, Bel Berlinck 
Argumento: Toniko Melo e Bráulio Mantovani, A.C. 
Roteiro: Bráulio Mantovani, A.C. e Thiago Dottori, A.C. 
Baseado no livro “VIPS – Histórias Reais de um Mentiroso” escrito por Mariana Caltabiano 
Direção de Fotografia: Mauro Pinheiro Jr., ABC 
Direção de Arte: Frederico Pinto 
Direção de Produção: Rodrigo Castellar 
Produção de Elenco: Cecília Homem de Mello 
Montagem: Gustavo Giani 
Música: Antonio Pinto 
Supervisão de Pós Produção: Hugo Gurgel 
Supervisão de Edição de Som: Alessandro Laroca 
Mixagem: Armando Torres Jr. 
Som Direto: Romeu Quinto, ABC 
Figurino: Verônica Julian 
Maquiagem: Donna Meirelles

Assessoria de Imprensa
Primeiro Plano – Anna Luiza Muller 
www.primeiroplanocom.com.br

Distribuidora
Paramount Pictures Brasil 
Escritório Rio de Janeiro – 55 (21) 2210-2400


Produtora
O2 Filmes 
www.o2filmes.com

APLAUSO

Coleção Aplauso publica seus roteiros online

Lançada em 2004 pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e coordenada pelo crítico Rubens Ewald Filho, a Coleção Aplauso está agora disponível também na internet. São mais de 170 livros, entre eles 25 roteiros para ler gratuitamente online.

Ainda não são todos os títulos lançados pela coleção, pelo menos eu tenho alguns em minha biblioteca que não estão na lista, como Viva-Voz, Narradores de Javé e Signo do Caos.

Dos que já estão online, destaque para aquele que é considerado o primeiro roteiro brasileiro: O CAÇADOR DE DIAMANTES, de Vitorio Capellaro e Niraldo Ambra.

Atualizei a Biblioteca de Roteiros do site. Esse é o maior aumento do acervo desde que a Casa de Cinema de Porto Alegre publicou alguns de seus roteiros online. Agora são 61 títulos de longas brasileiros que podem ser lidos através do portal Roteiro de Cinema.

Infelizmente os arquivos PDF dos livros da Coleção Aplauso são muito grandes, e a formatação dos roteiros deixa a desejar, mas sem dúvida é um material riquíssimo para quem se interessa. Que venham mais roteiros.

Os títulos da Coleção Aplauso já publicados online são:

    O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, de Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert, Cao Hamburguer

    O BANDIDO DA LUZ VERMELHA, de Rogério Sganzerla

    BATISMO DE SANGUE, de Dani Patarra e Helvécio Ratton

    BENS CONFISCADOS, de Daniel Chaia e Carlos Reichenbach

    CABRA-CEGA, de Di Moretti

    O CAÇADOR DE DIAMANTES, de Vitorio Capellaro

    A CARTOMANTE, de Wagner de Assis

    O CASO DOS IRMÃOS NAVES, de Jean-Claude Bernardet e Luis S. Person

    O CÉU DE SUELY, de Karim Aïnouz, Felipe Bragança e Maurício Zacharias

    CHEGA DE SAUDADE, de Luiz Bolognesi

    CIDADE DOS HOMENS, de Elena Soárez

    COMO FAZER UM FILME DE AMOR, de José Roberto Torero e Luiz Moura

    CONTADOR DE HISTÓRIAS, de Mauricio Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo, Luiz Villaça

    DE PASSAGEM, de Cláudio Yosida e Ricardo Elias

    DOIS CÓRREGOS, de Carlos Reichenbach

    ESTÔMAGO, de Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade

    FELIZ NATAL, de Selton Melo e Marcelo Vindicatto

    FIM DA LINHA, de Gustavo Steinberg, Guilherme Werneck, Fábio Moon

    O HOMEM QUE VIROU SUCO, de João Batista de Andrade

    NÃO POR ACASO, de Philippe Barcinski, Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo

    ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA?, de Guilherme de Almeida Prado

    QUANTO VALE OU É POR QUILO?, de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi

    SALVE GERAL, de Sérgio Rezende e Patrícia Andrade

    ZUZU ANGEL, de Marcos Bernstein e Sergio Rezende

    OS 12 TRABALHOS, de Cláudio Yosida e Ricardo Elias

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      Os Roteiros da Década: Parte 4 – Brasileiros

      Continua a série dos Roteiros da Década, na minha humilde opinião.

      Já foram os Adaptados, os Documentários e os Originais.

      Segue a quarta parte, os BRASILEIROS, em ordem alfabética:

      MELHORES ROTEIROS BRASILEIROS

      O ANO QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIASClaudio Galperin, Cao Hamburguer, Bráulio Mantovani & Anna Muylaert. (2006)  Premiado: Academia Brasileira de Cinema; Festival de Lima; Troféu APCA; Prêmio Contigo.

      BICHO DE SETE CABEÇAS, Luiz Bolognesi, baseado no livro autobiográfico de Austregésilo Carrano. (2001) Premiado: Academia Brasileira de Cinema; Troféu Passista no Festival de Recife; Troféu APCA.

      CABRA-CEGA, Di Moretti, estória de Toni venturi, Fernando Bonassi & Victor Navas. (2004) Premiado: Candango no Festival de Brasília.

      O CAMINHO DAS NUVENS, David França Mendes. (2003) Premiado: Concurso de roteiros NHK-Sundance.

      http://roteirodecinema.com.br/wp/wp-content/uploads/2009/12/cidade.jpgCARANDIRU, Hector Babenco, Fernando Bonassi e Victor Navas, baseado no livro de Dráuzio Varella. (2003) Premiado: Academia Brasileira de Cinema.

      CIDADE DE DEUS, Bráulio Mantovani, adaptado do romance de Paulo Lins. (2002) Premiado: Academia Brasileira de Cinema; Indicado:Oscar; WAFCA Award.

      DURVAL DISCOS, Anna Muylaert. (2002) Premiado: Kikito no Festival de Gramado; Calunga no Festival de Recife; Holden Award for the Best Script no Festival de Toronto. Indicado: Academia Brasileira de Cinema.

      ESTÔMAGO, Lusa Silvestre, Cláudia da Natividade & Marcos Jorge. (2007) Premiado: Academia Brasileira de Cinema. Indicado: Prêmio Contigo.

      O HOMEM DO ANO, Rubem Fonseca, baseado no romance de Patrícia Melo. (2003) Indicado: Academia Brasileira de Cinema.

      O HOMEM QUE COPIAVA, Jorge Furtado. (2003) Premiado: Academia Brasileira de Cinema; Prêmio RGE/RS.

      O INVASOR, Marçal Aquino. (2002) Indicado: Academia Brasileira de Cinema.

      MEMÓRIAS PÓSTUMAS, André Klotzel e José Roberto Torero, baseado no livro de Machado de Assis. (2001) Premiado: Kikito no Festival de Gramado. Indicado:  Academia Brasileira de Cinema.

      NETTO PERDE SUA ALMA, Tabajara Ruas, Fernando Marés de Souza, Rogério Brasil Ferrari e Ligia Walper, baseado no livro de Tabajara Ruas. Premiado: Passista no Festival de Recife;Prêmio RGE/RS. Indicado:  Academia Brasileira de Cinema.

      QUANTO VALE OU É POR QUILO?, Newton Cannito, Eduardo Benaim & Sergio Bianchi. (2005) Premiado: Cine Ceará.

      SE EU FOSSE VOCÊ, Carlos Gregório, Renê Belmonte, Iafa Britz, Adriana Falcão, Daniel Filho, Argumento de Roberto Frota (2006) Indicado:  Academia Brasileira de Cinema.

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      Os Roteiros da Década: Parte 1 – Adaptados

      Leia os ROTEIROS DA DÉCADA, os melhores, mais influentes, pelo menos na minha humilde opinião. Os critérios são um misto de gosto pessoal, prêmios que levaram, e se estão publicados na internet ou no mercado editorial para que vocês possam lê-los.

      As categorias serão: Roteiros Adaptados, Roteiros Originais, Roteiros Brasileiros, Roteiros de Documentário e O Roteiro da Década.

      Aí vai a primeira parte, sempre em ordem alfabética:

      MELHORES ROTEIROS ADAPTADOS

      adaptationATONEMENT, Christopher Hampton based on the novel by Ian McEwan. (2007) Premiado: Satellite Awards. Indicado: Oscar; USC Scripter Award; Bafta; Golden Globe; CFCA Award; ALFS Award; OFCS Award.

      AMERICAN SPLENDOR, Robert Pulcini & Shari Springer Berman, based on comic book series American Splendor by Harvey Pekar. (2003) Premiado: WGA Award, Independent Spirit Award; BSFC Award; FIPRESCI Prize: Un Certain Regard, Cannes; COFCA Award; LAFCA Award; Chlotrudis Award; NSFC Award; SDFCS Award; Seattle Film Critics Award; Indicado: Oscar; CFCA Award; ALFS Award; OFCS Award; PFCS Award; Satellite Award.

      CIDADE DE DEUS, Bráulio Mantovani, adaptado do romance de Paulo Lins. (2002) Premiado: Academia Brasileira de Cinema; Indicado: Oscar; WAFCA Award

      http://roteirodecinema.com.br/wp/wp-content/uploads/2009/12/childrenofmen_tiny.jpgCHILDREN OF MEN, Alfonso Cuarón & Timothy J. Sexton based on the novel by P.D. James. (2006) Premiado: USC Scripter Award, OFCS Award;  Indicado: Oscar; ALMA Award.

      DIARIOS DE MOTOCICLETA, José Rivera, basado en el libro homónimo de Ernesto Che Guevara y Alberto Granados. (2004) Premiado: Goya; Discover Screenwriting Award; Condor de Plata; CEC Award; Indicado: Oscar; BAFTA Film Award; WGA Award; Chlotrudis Award; OFCS Award.

      MUNICH, Tony Kushner and Eric Roth. Based on the Book “Vengeance” by George Jona. (2005) Premiado: KCFCC Award; Indicado: Oscar; Golden Globe; OFCS Award; WAFCA Award.

      THE PIANIST, Ronald Harwood based on the published memoir by Wladyslaw Szpilman. (2002) Premiado: Oscar;  NSFC Award; Indicado: Discover Screenwriting Award; USC Scripter Award;  BAFTA Film Award; César; Humanitas Prize; Golden Satellite Award; Polish Eagle.
      http://roteirodecinema.com.br/wp/wp-content/uploads/2009/12/2585b.jpg
      SIDEWAYS,  Alexander Payne & Jim Taylor, based on the novel by Rex Pickett. Premiado: WGA Award; Oscar; Golden Globe; BAFTA Film Award; Independent Spirit Award;  BSFC Award; Critics Choice Award; CFCA Award; FFCC Award; KCFCC Award; LAFCA Award; NBR Award; NSFC Award; NYFCC Award; OFCS Award; PFCS Award; SDFCS Award; Seattle Film Critics Award; SEFCA Award; WAFCA Award; Indicado: USC Scripter Award;  Chlotrudis Award; Golden Satellite Award; ALFS Award.

      SLUMDOG  MILLIONAIRE, Simon Beaufoy based on the novel by Vikas Swarup. (2008)  Premiado: WGA Award; USC Scripter Award; Oscar; Golden Globe; BAFTA Film Award; Critics Choice Award; COFCA Award; CFCA Award; FFCC Award; KCFCC Award; ALFS Award; NBR Award; PFCS Award; SDFCS Award; SEFCA Award; WAFCA Award; Indicado: British Independent Film Award; European Film Award; OFCS Award; Satellite Award.

      adaptationTHERE WILL BE BLOOD, Paul Thomas Anderson, based on the novel “Oil” by Upton Sinclair. (2007) Premiado: SDFCS Award; Indicado: Oscar; BAFTA Film Award; USC Scripter Award; WGA Award; CFCA Award; Chlotrudis Award; ALFS Award; OFCS Award.

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      Veja também: Roteiros Adaptados, Roteiros Originais, Roteiros Brasileiros, Roteiros de Documentário e O Roteiro da Década.

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      Comente, opine, indique outro tíitulo…

      Na próxima edição: Roteiros de Documentários.

      Vídeos no Youtube sobre Roteiro e Roteiristas

      Alguns vídeos disponíveis no Youtube sobre Roteiro Audiovisual e a profissão do Roteirista. Estrelando Bráulio Mantovani, Paulo Halm, Luis Bolognesi, Di Moretti, Rosana Hermann e Léo Falcão. Juntos, os vídeos somam mais de 70 minutos, formando um longa metragem com Roteiristas falando sobre sua arte e objeto de ofício.

      BRÁULIO MANTOVANI

      Dividido em 10 partes, é uma conversa informal de Bráulio Mantovani com os alunos da Oficina Itinerante de Vídeo Tela Brasil de Itaquaquecetuba – SP, realizada em junho de 2008. O player do Youtube deve tocar todos os vídeos em sequência. Qualquer coisa, o link está aqui.

      Não tem um roteiro que não chegue um momento que eu fico com vontade de devolver o adiantamento e dizer ‘eu não sei fazer, eu vou chorar’. (…) E durmo à tarde, assim (…) Dormir de tarde não é vagabundagem, é ócio criativo” – Bráulio Mantovani

      PAULO HALM

      Dividido em 7 partes, é um bate-papo de Paulo Halm com os alunos da Oficina Itinerante de Vídeo Tela Brasil em Resende, realizada em agosto de 2009. O player do Youtube deve tocar todos os vídeos em sequência. Qualquer coisa, o link está aqui.

      O rapaz tinha um problema de natureza literária. A estória dele era a estória de um rapaz que é negro, pobre e gay numa cidadezinha da Paraíba. Ele não queria revelar que o cara era gay logo no começo, tranqüilo, e ele não queria revelar que o cara era preto logo no começo: – ‘impossível meu amigo’. (…) Num livro eu posso revelar que o personagem é negro, mulher, criança ou velho, na última página do livro. No cinema eu não posso fazer isso. Não por tanto tempo.” – Paulo Halm

      LUIS BOLOGNESI

      No programa Zoom da TV Cultura, Luis Bolgnesi conta como é o dia a dia de um roteirista.

      Se você não sabe que o teu trabalho é uma obra aberta, que todo mundo vai meter a mão, vai mexer, e vai fazer o que eles acham que é melhor, não necessariamente o que você acha que é melhor, você não está pronto pra trabalhar como roteirista, porque essa é a regra do jogo.” – Luis Bolgnesi

      DI MORETTI

      No programa Zoom da TV Cultura, Di Moretti fala sobre seu trabalho como roteirista. 

      Bons roteiros dão bons filmes. Ao contrário, nunca.” – Di Moretti

      ROSANA HERMANN

      Para o blog Querido Leitor, Rosana Hermann fala sobre como aprender a escrever roteiros, em maio de 2006.

      Em português, você tem o site www.roteirodecinema.com.br que tem tudo, roteiros de programas de TV, de filmes, tem cursos, manuais, enfim…” – Rosana Hermann

      LÉO FALCÃO

      Na série Créditos, exibida no programa Cinema 11 da TV Universitária de Recife, Leo Leite fala sobre a função dos roteiristas e sobre a elaboração de um roteiro para cinema. O programa também conta com a participação de Leo Falcão, cineasta e roteirista.Programa foi exibido na sexta-feira, 7 de agosto de 2009.

      O roteiristas deve sugerir no texto um  fluxo de imagem que seja plausível e que funcione imageticamente, e não só num texto” – Léo Falcão

      Se souberem de outros vídeos (ou textos) interessantes, indiquem pelo contato ou comentário do blog.

      Fernando Marés de Souza
      Roteiro de Cinema, roteirodecinema.com.br

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      Onde conseguir Roteiros de filmes na internet?

      Onde consigo Roteiros pra ler pela internet?” Volta e meia recebo por e-mail esta pergunta. É irônico, pois o melhor lugar do mundo para encontrar roteiros de cinema na internet, em inglês ou português, é no site onde a pessoa conseguiu o meu contato. E não é de hoje.

      Em Março de 1997, criei a primeira versão do Scripts on the Net, que na época não era mais que uma lista tosca de links para roteiros em inglês, mas apesar da tosquera, era maior, melhor e mais completa que Drew’s Script-o-rama, o site de roteiros mais badalado da época, quando ser listado no diretório do Yahoo contava mais que a qualidade.

      Dois anos depois, já premiado e listado no Yahoo, lancei a segunda versão do Scripts on The Net, a primeira biblioteca de roteiros online que contava com uma ferramenta de busca. Como na inauguração, voltava a ser a melhor ferramenta para achar roteiros no mundo.

      Mas minha carreira de roteirista e assistente de direção engrenou, comecei a viajar muito e o trabalho exaustivo de inserir manualmente as dezenas de títulos que pipocavam cada mês me afastou do projeto e o site foi ficando abandonado.

      Porém, em 2003, animado com o crescimento da Internet em português e motivado pela estabilidade de morar vários meses em um mesmo lugar, por causa do nascimento de minha filha, resolvi criar a primeira versão do Roteiro de Cinema. Apesar de ser um portal completo – com livros, manuais, sites, e outros recursos – desde o começo a principal atração eram os roteiros disponibilizados no site. Mas como conseguí-los? Havia um pequeno acervo no site CinemaBrasil, do Marcos Manhães Marins,  outro no site da Associação dos Roteiristas, no Webwriters, e na página do Rubem Fonseca, mas juntos não passavam de 10 títulos.

      Usando meus contatos, mandei para dezenas de roteiristas profissionais, um pedido para que cedessem seus roteiros para a Biblioteca, que naquela época ainda se chamava Banco. E eles começaram a chegar. Bráulio Mantovani cedeu Cidade de Deus, Anna Muylaert cedeu Durval Discos, Roberto Farias cedeu Pra Frente Brasil, André Klotzel cedeu Memórias Póstumas, Carlos Gerbase cedeu Tolerância, Rosane Lima cedeu Bendito Fruto. E assim foi indo, pedindo de um lado, e procurando com um método de pesquisa exclusivo de outro, em meados de 2004, já podia-se contar mais de 20 títulos de longa-metragem filmados.

      Hoje, em Outubro de 2009, entre longas, curtas, televisão, são mais de 380 roteiros na íntegra, para se ler e estudar gratuitamente, disponibilizados na Biblioteca de Roteiros Online do portal Roteiro de Cinema. Só os longas filmados, somam 35 títulos.

      No ano passado, decidi que a Scripts on the Net precisava renascer, afinal, ela sempre voltava como a melhor ferramenta para encontrar roteiros do mundo, e fazia alguns anos que estava por baixo. Mas não dispunha mais de tempo nem paciência para ficar procurando roteiros e colocando no acervo do site, então a solução deveria ser compatível com o dinamismo da geração 2.0. Foi aqui que Google Custom Search me pareceu a solução perfeita.

      Hoje, a Scripts on the Net é novamente a melhor e mais completa ferramenta para encontrar Roteiros em Inglês, Português, Francês, Espanhol e Persa. A ferramenta procura nos maiores repositórios de roteiro do mundo, com destaque para o Script Crawler, Simply Scripts, IMSDb, e The Daily Script, porém a lista é grande. A busca pode ser feita por título, autor, e até por fragmento de diálogo. Cada vez que um título de roteiro novo aparece num desses sites, ele automaticamente é adicionado ao Scripts on the Net. Teste para ver se você encontra algo que goste. Se não encontrar, é 99% de chance de não estar disponível na rede.

      scripts on ther net

      Então, quando alguém tiver dúvidas, pode indicar sem erro. O melhor lugar para se encontrar Roteiros Audiovisuais, em qualquer língua, baixar na íntegra, ler online, de graça na internet, é o Roteiro de Cinema. E vai continuar sendo por muito tempo.

      Fernando Marés de Souza
      Roteiro de Cinema, roteirodecinema.com.br

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      O roteiro e o cinema brasileiro

      Por Renato Damião, do Blog Plano Geral

      Qual a importância do roteiro cinematográfico? Como elaborar um bom roteiro? Como vender o seu roteiro? Foi para responder essas perguntas que o Rio Market 2009 convidou o roteirista Marc Norman, vencedor do Oscar de melhor roteiro original pelo filme Shakespeare Apaixonado, para ministrar um Workshop dentro da sua programação. Marc percorreu um longo caminho até chegar ao êxito e afirma: não é fácil.

      Em seu livro What happen next: a history of American screenwriting (O que acontece depois: a história de um roteirista americano), Marc expõe a relação do roteirista com o público, com a crítica e principalmente com os produtores.  Se o público credita aos atores o bom funcionamento da narrativa, os produtores estão sempre com o pé atrás, afinal, quanto tempo se leva para escrever um roteiro? Três anos, três meses, ou três dias? Para Marc isso não tem fórmula, não se pode nem escrever um roteiro baseado apenas na sua intuição, assim como não se escreve seguindo fórmulas pré-estabelecidas, como propostas pelo escritor Syd Feld. Um bom roteiro nasce da natureza do seu escritor, é orgânico, mas demanda também uma quantidade de técnicas narrativas e dramatúrgicas para alcançar seu lugar almejado. Afinal escrever um filme é contar uma história.

      Nos Estados Unidos a indústria cinematográfica provém o sonho de vários escritores que querem fazer cinema e os estúdios e as emissoras estão sempre atrás de novos talentos para renovarem a máquina de entretenimento. Contudo, no caso brasileiro, o circuito parece sempre muito apertado. Na falta de uma mola propulsora os cursos de roteiro estão sempre lotados de estudantes, amadores e profissionais, a procura de desvendar a técnica da escrita do roteiro.

      A tal técnica pode passar desde os três famigerados atos aristotélicos até a  “ausência” total de roteiro, de qualquer maneira é inegável que a figura do roteirista sempre gera questionamentos, afinal ele é o primeiro a enxergar o filme antes mesmo de estar pronto. Pela sua cabeça todas as cenas são montadas e encaixadas, fazendo sentido ou não, tudo está no seu lugar. No cinema mudo e no início do cinema falado os filmes seguiam a risca a narrativa clássica até a chegada de Orson Welles e seu Cidadão Kane subvertendo a regra e impondo uma narrativa não-linear.

      De lá para cá o cinema passou por vários movimentos e estéticas e muitas vezes a figura do roteirista se misturou com a própria figura do diretor. No Brasil o lema cinemanovista “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” jogou o roteiro nacional para segundo plano, uma vez que o diretor detinha todo o processo de construção da obra. Porém com a chegada do cinema comercial, em meados dos anos 90, a importância do roteiro se tornou necessária e surgiram profissionais que se ocuparam apenas dessa função do cinema. Esse processo chegou a seu ápice com a indicação do roteirista Bráulio Montovani para o Oscar de Melhor Roteiro pelo filme Cidade de Deus.

      Apesar dos avanços essa área ainda encontra muitas dificuldades, uma vez que o Brasil não possui uma indústria de cinema e o mercado é dependente, em sua maioria, de incentivos públicos. Também os roteiristas ficam à disposição dos editais que só contemplam projetos já escritos, faltando recursos iniciais para a elaboração dos roteiros. Muito ainda se precisa discutir sobre esse tema,  já que Tv e as novas mídias, a exemplo da internet e videogames, se configuram como novos espaços de disputa dos roteiristas. Pouco se fala sobre profissionalização,  formação de novos roteiristas, salários e condições de trabalho.

      As universidades também não possuem uma especialização voltada para esse mercado.  Seminários e debates vem sendo realizados para melhor explicar esse processo, enquanto isso muitos jovens mantém seus roteiros engavetados, uma nova safra de histórias que aguardam sua chegada às telas.

      Renato Damião é redator e editor assistente do site do CTAv e cursou Roteiro Cinematográfico na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

      Reproduzido da matéria original publicada no Blog Plano Geral do CTAv protegido através de licença Creative Commons.

      forum2009

      Evento discutirá o papel do roteiro e dos roteiristas

      por Eduardo Hiraoka, Revista de Cinema

      Em novembro, entre os dias 4 e 5, a Revista de CINEMA e o Senac estarão promovendo um grande encontro de roteiristas e um seminário para debater o roteiro no cinema brasileiro com os principais profissionais da área no país. O evento faz parte do 2º. Fórum de Produção de Cinema, que este ano será totalmente dedicado às questões da criação audiovisual através do roteiro. “O roteiro é uma peça importante e estratégica na formatação inicial e final de um filme e, com o aumento da produção, já estava passando da hora de fazermos um evento neste nível aqui no Brasil. Nosso objetivo é promover o crescimento do roteiro e difundir o trabalho dos nossos roteiristas”, afirma Hermes Leal, escritor e editor da Revista de CINEMA, um dos promotores do evento.

      Durante muito tempo, o roteiro foi considerado um elemento de segundo plano no cinema nacional, seguindo uma tradição antiga criada pela turma do Cinema Novo onde o lema era “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”. O diretor era quem comandava praticamente todas as etapas da construção da obra, dispensando a existência de um autor especializado que lhe escrevesse as histórias. Com a chegada do cinema comercial em meados dos anos 90, que precisava de resultado, a importância do roteiro se tornou definitiva e surgiram profissionais só para trabalhar essa parte importante do cinema. Esse processo culminou com a indicação do roteirista Bráulio Mantovani ao Oscar, pelo roteiro de “Cidade de Deus”.

      Reverter herança negativa

      Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta muitas dificuldades e tenta encontrar na união um caminho para superar as barreiras da tradição. “Infelizmente, a herança negativa do Cinema Novo ainda resiste”, declara Marcilio Moraes, presidente da Associação dos Roteiristas de TV, Cinema e Outras Mídias. Um dos maiores obstáculos que ainda atravancam a evolução da área no Brasil é a falta de recursos iniciais para a elaboração dos roteiros, como aponta David França Mendes, presidente da Associação Autores de Cinema. “Toda verba para o cinema só aparece depois que o roteiro já está pronto, nos editais. Para fazer o roteiro mesmo não tem recurso nenhum”.

      Como o objetivo do fórum é debater e trazer novos conhecimentos sobre o mercado de roteiro no Brasil, o evento será marcado pela presença de roteiristas de duas associações, AC (Autores de Cinema) e a AR (Associação dos Roteiristas), onde se agrupam os profissionais que estão dando uma nova roupagem ao cinema nacional e à televisão. “Organização é fundamental”, afirma David. “Se nós roteiristas não nos pronunciarmos, ninguém vai fazer isso por nós”.

      Roteiro também para TV, games e novas mídias

      As quatro mesas de debate que ocorrerão no encontro serão divididas em duas linhas, uma para falar sobre conteúdo e outra para a questão do mercado. Quanto ao primeiro ponto, serão abordados tópicos como a qualidade dos roteiros, as diferenças entre textos de cinema e de televisão, e as dificuldades de escrever para gêneros específicos, como o infantil. Sobre o mercado, a discussão envolverá a formação de novos roteiristas, os salários e outras condições de trabalho, que, na visão de Marcilio, ainda são insatisfatórias. “Enquanto nossos produtores e diretores não se convencerem de que sem um bom roteiro não há bom filme, os autores-roteiristas continuarão ganhando pouco”.

      Outro tema a ser debatido é o surgimento de outras áreas de atuação, como os videogames e a internet. Segundo Aide Rabelo, coordenadora do Senac, essa é uma oportunidade de “trazer novos rumos para o cinema brasileiro, principalmente agora que novas plataformas de conteúdo audiovisual, como games e web, vêm exigindo cada vez mais dos profissionais”.

      Também está programado para 2010 um curso de pós-graduação em roteiro na Faculdade Senac, voltado para uma verdadeira preparação de um roteirista para o mercado de trabalho. Para tanto, serão aplicados novos conhecimentos na área, especialmente utilizando o campo da narrativa estrutural, uma teoria oriunda do texto literário, importantíssima para a formação de um texto de ficção. “Vamos ter um curso como os melhores que temos hoje na Europa e EUA, onde as teorias do cinema e da literatura andam juntas”, explica Hermes Leal, um dos realizadores do curso e autor de um mestrado na USP sobre o assunto. Inscrições no site www.revistadecinema.com.br e www.sp.senac.br.

      Reprodução Autorizada da Matéria Original
      da REVISTA DE CINEMA Online 

      SERVIÇO 

      2º Fórum de Produção de Cinema
      O Roteiro e a Criação no Cinema, TV e outros Meios.
      http://www.sp.senac.br/forumdecinema

      O Centro Universitário Senac, a Revista de Cinema e o Instituto Cinema em Transe realizam o 2º Fórum de Produção de Cinema – O Roteiro e a Criação no Cinema, TV e outros Meios. O evento ocorre dias 4 e 5/11/2009 no Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro.

      Nos eventos, importantes profissionais e roteiristas do mercado nacional e internacional discutem a importância do roteiro para o sucesso de uma obra audiovisual, os rumos da profissão e o mercado de trabalho. O participante ainda tem oportunidade de aprender como se paga um roteirista, como se faz um contrato e como vender seu projeto aos produtores.

      O fórum é voltado a produtores, cineastas, diretores, roteiristas, jornalistas, empresas de finalização e efeitos especiais, distribuidores, exibidores, investidores, laboratórios cinematográficos, fornecedores de equipamentos, diretores de órgãos culturais e governamentais e demais interessados.

      Ligado ao tema acontece também o 1º Encontro de Roteiristas de Cinema e TV, para membros da AC – Autores de Cinema e da AR – Associação dos Roteiristas. O Encontro será no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, dia 3/11/2009.

      Programação:

      Dia 4/11, quarta-feira
      • Às 9 horas – Conteúdo para Cinema e TV
      • Às 14 horas – O Mercado de Roteiro para Cinema e TV

      Dia 5/11, quinta-feira
      • Às 9 horas – Mercado Brasileiro e Internacional de Cinema, TV e Novas Mídias
      • Às 14 horas – Conteúdo e Mercado para Games e Novas Mídias

      Os profissionais que participam das mesas de debate são:
      • Bráulio Mantovani – Cinema
      • Vera Egito – Cinema
      • Newton Canitto – Cinema e TV
      • Heitor Dhalia – Cinema
      • Thiago Dottori – TV e Web
      • Marcos Lazarini – Séries e Telenovelas
      • Aleksei Wrobel Abib – Cinema
      • Marçal Aquino – Cinema e Literatura
      • Di Moretti – Cinema
      • Roberto Moreira – Professor da Escola de Comunicação e Artes da USP
      • Elena Soarez – Cinema
      • Carolina Kotscho – Cinema
      • Marcilio Eiras Moraes – Presidente da Associação de Roteiristas

      Para se inscrever on-line, clique aqui.

      2º Fórum de Produção de Cinema
      Dias 4 e 5/11/2009
      Preço: R$ 200,00 (inteira) e R$ 100,00 (para estudantes)
      Centro de Convenções do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro
      Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823 – São Paulo – SP
      Telefone: (11) 5682-7300
      E-mail: campussantoamaro@sp.senac.br